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Diagnóstico e intervenção precoces podem ajudar em certos casos de autismo, alerta professor de Yale

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Publicado em 17/09/2016, às 09h51 - Atualizado às 14h01 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice


No último dia do 3º Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil, o simpósio sobre os Transtornos do Espectro Autista (TEA), temas dos mais esperados, lotou uma grande sala. Nos últimos anos, estudos e pesquisas vêm aumentando o conhecimento sobre o TEA. Um dos responsáveis por esse avanço é o professor Ami Klin, Titular do Departamento de Psiquiatria e Psicologia da Criança da Universidade de Yale em New Haven, Connecticut, e que apresentou a palestra.

“Nós ampliamos os Transtornos do Espectro Autista, que podem apresentar diferentes estágios. Antigamente só se conhecia e denominava autismo os casos mais severos”, lembrou Klin.

Autoridade na área, o professor apresentou uma série de exemplos para explicar cientificamente o que é o autismo, como ocorre o desenvolvimento do cérebro, as causas, e os efeitos no comportamento da criança. Em suas pesquisas, ele mostra a diferença de atenção do olhar entre crianças tidas como de padrões de desenvolvimento normais e crianças que estão no espectro autista.

Enquanto as crianças com desenvolvimento padrão interagem com outros seres humanos e olham nos olhos, as do espectro autista se interessam pouco por pessoas nos primeiros anos e buscam objetos. Além disso costumam olhar em direção a boca das pessoas por causa da sincronia audiovisual.

Atraso na linguagem e dificuldade em se socializar, interesses restritos e comportamentos repetitivos são sintomas do autismo. No entanto, muitas vezes os casos são difíceis de diagnosticar. Segundo ele, é mais fácil notar algo fora do padrão da curva de desenvolvimento da criança antes dos 6 meses ou depois dos 15 meses, quando as crianças começam a falar.

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Professor Ami Klin durante simpósio no 3º Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil (Foto: Grace Stelmach)

“Apesar do autismo ser uma síndrome genética, 50% dos casos ocorrem por fator hereditário, que envolve o desenvolvimento do cérebro social, a detecção é puramente comportamental”, ressaltou o professor.

Outros fatores externos podem afetar o bebê, como problemas durante a gravidez.

Para Klin, o diagnóstico e intervenção precoce podem ajudar e até mesmo prevenir diagnósticos brandos. “Essas pessoas têm muito a oferecer para a sociedade. Em alguns casos, o autista tem uma inteligência acima dos padrões”. E completou em inglês: Let’s make autismo an issue of diversity, not of disability.

Leia mais:

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