Publicado em 19/01/2023, às 12h19 por Gabriela Xavier, filha de Priscila e Ivan
A cada dia que passa, o contato das crianças com a internet aumenta, trazendo pontos positivos e negativos para a vida delas. Cada vez mais, crianças com pouca idade ganham aparelhos eletrônicos e na maior parte do tempo, mesmo com o cuidado dos pais, não dá para ficar em cima dos filhos 24 horas por dia.
É de extrema importância ficar atento ao que o seu filho faz, mesmo que isso signifique supervisionar diariamente. Não quer dizer que você irá invadir a privacidade dele, e sim, conversar e mostrar que você se preocupa com os riscos que a internet oferece. Além de se preocupar com o conteúdo visto e seguido pela criança, é importante que você tenha um controle do tempo de uso, limitando o acesso, se necessário.
Isso porque algumas armadilhas, como desafios perigosos e muitas vezes mortais, estão circulando nas redes sociais e a maior parte das vítimas são crianças e adolescentes. Na semana passada, uma menina argentina faleceu após participar do “Desafio do Apagão“. Na Indonésia, 20 menores de idade foram hospitalizados por realizarem o “Desafio do Nitrogênio“.
E não é de hoje que esses “jogos” viralizam nas redes sociais. Em 2017, o “jogo da Baleia Azul” foi tão sério, que ficou associado diretamente com o aumento de casos de suicídio entre crianças e adolescentes, causando preocupação em famílias do mundo tudo. Em 2018, foi a vez da Momo, outro desafio online que usava a imagem de uma obra de arte japonesa para assustar crianças, criando conversas ameaçadoras no WhatsApp e em outras redes sociais.
Para Andrea Ramal, consultora em Educação, Doutora em Educação pela PUC-Rio e autora do livro Educação na Cibercultura, os pais precisam estar conectados e participar ativamente do mundo digital para conseguir monitorar a atuação dos próprios filhos nas redes sociais. “Eles precisam se informar cada vez mais sobre as novas tecnologias e aprender a usar os dispositivos e mídias que os filhos dominam. Só assim, vão conseguir saber o que está acontecendo e agir de forma preventiva sempre que uma possível ameaça for detectada”.
Mas tudo deve ser feito com consciência, não vale entrar com uma postura de somente vigiar e controlar. É preciso construir um diálogo em família sobre o uso da internet, para que a criança ganhe autonomia e aprenda aos poucos o que pode ou não fazer nas redes.
“A melhor estratégia é sempre garantir oportunidades de relacionamento olho no olho com os filhos. Isso significa estabelecer alguns inegociáveis, como refeições em família, sem presença de telas. Outro momento valiosíssimo, geralmente desperdiçado na correria do dia a dia, é o trajeto de casa para a escola e o retorno no final da aula. Mesmo que os filhos reclamem, essas são oportunidades de ouro para estreitar vínculo, conseguir que os filhos se abram e identificar quando algo não está indo bem”, explicam Roberta e Taís Bento, mãe e filha, especialistas em educação e neurociência cognitiva, fundadoras do SOS Educação, colunistas e embaixadoras da Pais&Filhos.
Para proteger sua família de desafios online desse tipo, que nada têm de brincadeira, é essencial observar comportamentos que fujam do normal. “Os pais geralmente sentem quando há alguma coisa fora do normal acontecendo se têm esse padrão diário de foco total no filho. E a dica é acreditar no seu feeling e investigar mais de perto ao mínimo sinal de que o filho não está bem”, indicam as especialistas.
O melhor caminho que você pode seguir em relação ao consumo do seu filho na internet, é sempre se manter atento. “Não existe prevenção mais eficaz do que as conversas francas e abertas. Mas essas conversas precisam ser diálogos. O que implica em se abrir para ouvir seu filho, sem julgamentos. Ao demonstrar interesse pelos assuntos que estão rolando entre os grupos da faixa etária dele, os pais abrem caminho para conversas sem filtros e sem receio de punição”, apontam Roberta e Taís.
Quando você ouvir do seu filho sobre algum desafio que viralizou na internet, é o momento para perguntar o que ele acha sobre o assunto. “Depois de ouvir a resposta, aí sim é sua vez de se colocar. Essa é a hora de ser firme e usar a relação de confiança que vocês construíram, o respeito que você ensinou pelo exemplo e sua responsabilidade de pai ou mãe. Você pode dizer que não quer seu filho envolvido com isso: seja assistindo vídeos ou participando de grupos que estimulam o envolvimento dos colegas no desafio da vez. E quanto mais vocês falarem sobre o assunto, mais seu filho vê em você um suporte. Além disso, fica mais fácil resistir à tentação de não decepcionar os ‘amigos’ quando o que está em jogo é a relação de confiança com os pais”, defendem elas.
Antes de qualquer coisa, é importante ter calma e pensar o que pode estar por trás de uma atitude como essa. “Sou sempre a favor da conversa. Do diálogo com um bom raciocínio e exemplos. Exemplos com imagens causam maior impacto. Estudar antes de conversar sobre os riscos e as consequências. A criança quer ser vista, em muitos casos, pois não recebem atenção dos pais. Dedique mais tempo com os filhos, ensine-os, desde pequeno”, aconselha Dr. Fabiano de Abreu, neurocientista e mestre em psicologia, pai de Gabriela e Nicolau.
“Adolescentes e crianças que entram para esse tipo de atividade precisam de ajuda para reequilibrar a autoestima. E nada impacta mais o sentimento de pertencimento e de autoconfiança do que a relação com os pais. Trocar o pedido repetido milhares de vezes para o filho desligar a tela e conviver mais com a família por combinados com horários e tempo de tela já estabelecidos ajuda bastante. Fazer cumprir os combinados e não se deixar abalar por argumentos bem construídos dos filhos ou pelo medo de não ser amado também é fundamental”, completam Roberta e Taís.
Para elas, também é fundamental conversar com a equipe de coordenação da escola, caso seja um comportamento que venha também de outros colegas do seu filho: “Conversar com a equipe de Coordenação da escola, buscando alertar para que toda a turma receba também dos profissionais especializados um apoio preventivo, é um caminho bastante eficaz.
As plataformas de redes sociais estão atentas sobre os casos de desafios feitos por crianças no mundo todo e têm se preocupado cada vez mais com a segurança das crianças para evitar e banir esse tipo de “jogo”. O TikTok, por exemplo, conta que a segurança é prioridade na comunidade e que leva muito a sério qualquer ocorrência sobre um desafio perigoso.
“O TikTok tem uma classificação de 13+ nas lojas de aplicativos, o que permite que os pais usem controles no nível do dispositivo para impedir que seus filhos baixem o app. Temos guias parentais para ajudar os pais a conhecer as ferramentas que temos atualmente, como o emparelhamento familiar e dicas para um uso responsável da plataforma”, informou em nota a plataforma à Pais&Filhos.
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