Professora é demitida após agredir menino autista de 6 anos: “Enfiava o pano na cara dele”

Uma professora de uma escola particular na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi demitida e indiciada pela Polícia Civil por lesão corporal leve depois de ter agredido um menino autista de 6 anos no ambiente escolar. O caso ocorreu há dois meses, porém só teve divulgação depois do vazamento de um áudio.

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“Eu tinha pego antes a toalhinha de lanche dele e a lancheira, sabe o que eu fiz, gurias? Eu me descontrolei de um jeito. Não aguento mais a cara daquele inferno daquele guri. Eu peguei a toalhinha dele, cada vez que ele vinha pra cima de mim cuspir, eu enfiava aquele pano na cara dele. Aí eu peguei e tapei ele com aquele pano, sabe? Enfiava o pano na cara dele. Ele se jogava no chão e dizia: ‘Não me mata, profe. Não me mata, profe'”, narra a responsável pelo ato.

Através da divulgação de uma nota, a escola informou que já havia comunicado o ocorrido aos órgãos competentes. “Uma educadora, uma pessoa adulta, batia de frente com uma criança à época com cinco anos de idade, autista. Dessa maneira eu indiciei essa professora pelo crime de lesão corporal leve e também pelo crime previsto na Lei Brasileira de Inclusão e discriminação”, explicou a delegada Andréa Mattos.

Por outro lado, o advogado da professora relata que a defesa examinou os autos da investigação e constatou que ‘não há prova de qualquer prática criminosa’ por parte da professora.

Declarações da família

A mãe da vítima de violência, que preferiu não ter sua identidade revelada, explicou que o filho já estudava no ambiente escolar particular há dois anos; em 2021, de acordo com ela, as aulas de educação infantil eram ‘tranquilas’, entretanto, estas começaram a ficar difíceis com a vinda da nova educadora.

“Ele dizia: ‘Mãe, eu tô nervoso, mãe, não quero falar, mãe, fiquei com medo!’. Não podemos admitir essa sociedade que professores façam isso com filhos da gente. É uma luta que não é do meu filho, é de todos. A gente precisa que elas tenham treinamento, que elas estejam capacitadas para receber nossos filhos”, lamentou a responsável pelo mais novo.

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