Publicado em 07/03/2019, às 17h02 por Nathalia Lopes, Filha de Márcia e Toninho
A mãe norte-americana Tiffany Leslie Pasilla contou ao portal Love What Matters sua luta para ajudar a filha, que nasceu com uma síndrome rara. O médico se recusou a ajudar as duas porque afirmou que a criança não sobreviveria.
Ela estava na sala de parto do hospital ao lado do médico, dando à luz sozinha, sem assistência, apenas com o marido e com a doula. A menina nasceu com Síndrome de Edwards. A mãe deu à luz Aiyana, que hoje sobrevive além das expectativas.
Os exames feitos na gestação, já haviam mostrado que a bebê era portadora da síndrome, uma doença genética causada pela trissomia do cromossomo 18. A síndrome faz com que a pessoa carregue três cópias do cromossomo 18 ao invés de duas. As chances de sobreviver por mais de um ano são baixas.
A mãe disse que o medo e a sensação de solidão no momento do parto foram terríveis. “Já havia sido um milagre ter conseguido chegar até o parto e com 39 semanas de gravidez, porque 85% dos bebês com a Síndrome de Edwards morrem durante a gravidez ou nascem mortos.”
A menina nasceu às 02:23 da madrugada do dia 21 de setembro de 2018 pesando 1, 88 kg. O crescimento dos bebês com esta síndrome acaba ficando restrito ainda no útero, por isso ela nasceu com esse peso.
“Aiyana nasceu bem cabeluda e cheia de vontade de viver! Todos na sala de parto se emocionaram. Naquele momento eu comecei a pensar no futuro e me assustei. Será que ela seria um dos apenas 10% com esta síndrome que sobrevivem até o aniversário de um ano?”, desabafa Tiffany.
Hoje o bebê está com cinco meses. Ela já passou por muita coisa: cirurgia no coração, câncer no fígado e tantas outras complicações. E a mãe se preocupa com isso: “Às vezes me perguntou se estou insistindo demais, se estou indo longe demais. Mas então eu vejo a Aiyana junto com a irmã mais velha, Leilani. Leilani dá um beijo na cabeça da irmãzinha. A Aiyana devolve o carinho com um lindo sorriso e então eu sei que eu estou agindo certo”.
A mãe defende que Leilani merece passar estes momentos com a irmã e Aiyana merece a chance de viver pelo tempo em que ela conseguir. “Eu continuo lutando porque quando o dia inevitável chegar em que a Síndrome de Edwards levar minha filha, eu vou saber que fiz todo o possível para que ela tivesse uma boa vida e se sentisse muito amada”, finaliza.
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