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Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil: saiba os sintomas e por que você deve ficar de olho

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Publicado em 23/11/2020, às 05h30 - Atualizado em 24/03/2021, às 09h36 por Cinthia Jardim


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O câncer infantojuvenil é papo sério e não pode ficar de lado! Nesta segunda-feira, 23 de novembro, Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, é preciso conscientizar sobre uma doença tão grave e silenciosa, que pode afetar de diversas formas crianças e jovens entre 1 e 19 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 2,5 mil famílias têm as vidas devastadas anualmente.

No mundo, existem cerca de 319.840 diagnósticos por ano e isoladamente, cada tipo de câncer é raro. Apesar dos números assustadores, se descoberto em fase inicial, as chances de sucesso no tratamento são ainda maiores. Os tipos mais comuns são as leucemias, os tumores do sistema nervo central e os sólidos.  

Por que o câncer é diferente na infância?

Durante a primeira fase da vida, a doença possui um comportamento biológico diferente. Isso ocorre porque os tumores na infância são de origem embrionária, enquanto nos adultos tem influência na interação com cancerígenos no ambiente, promovendo as mutações somáticas. “Na criança, o câncer, geralmente, tem como fator de desenvolvimento o resultado de alterações no DNA (gene) das células, que ocorrem muito precocemente, às vezes até antes do nascimento, e provocam a multiplicação celular de forma desordenada”, explica a médica patologista Isabela Werneck Cunha, vice-presidente para assuntos acadêmicos da SBP e coordenadora médica da equipe de Patologia da Rede D’OR São Luiz em São Paulo.

Como fazer o diagnóstico?

Neste caso, Isabela explica o papel da equipe: “O médico patologista é essencial nesse processo, sendo ele o responsável por identificar cada tipo de tumor e fazer o estadiamento, que é a definição do grau de agressividade e das características da doença“. A boa notícia é: de 8 entre 10 crianças e adolescentes, se o diagnóstico for feito precocemente, podem ser curados, de acordo com o INCA. 

Durante as consultas, os exames mais pedidos são: biópsias – fragmentos de tecido ou órgão são retirados; punções aspirativas – células do sítio do tumor e líquidos de cavidades; peças cirúrgicas – amplas ressecções de lesões ou órgãos; imunohistoquímica – utilização de anticorpos contra antígenos específicos; patologia molecular – pesquisa de biomarcadores indicativos das doenças, entre outros que o médico achar necessário.

Como é feito o tratamento?

Para o tratamento, geralmente é adotado a prática da quimioterapia, radioterapia e cirurgia, feitas em conjunto ao adotados de maneira isolada. “A definição da melhor abordagem terapêutica é feita por um time multidisciplinar, que contempla o médico patologista, radiologista, dentre outros especialistas em tumores pediátricos”, explica a oncopediatra Viviane Sonaglio, da Rede D’OR São Luiz. 

Segundo ela, os pacientes respondem bem à quimioterapia. No caso da radioterapia, a indicação são para os tumores sólidos, além das leucemias e linfomas. Já a cirurgia, é principalmente indicada para casos selecionados de neuroblastoma, osteosarcomas, tumor de Wilms e tumores hepáticos e sarcomas.

Os tipos mais comuns de câncer infantojuvenil

Leucemias: é considerado o câncer pediátrico mais comum no Brasil. Dentre os sintomas, é possível notar: fraqueza, cansaço, febre e outros quadros infecciosos, hematomas e sangramentos na gengiva e nariz. 

Linfomas: neste caso, o tipo de câncer se desenvolve a partir das células do sistema imune de defesa, caracterizado como linfócito. Geralmente, elas circulam pelo sangue, ou linfa, podendo até mesmo permanecer nos gânglios, com a função de atuar contra um agente agressor, eliminando as células com defeito do organismo. A doença começa a acontecer quando estas passam a se reproduzir desenfreadamente no corpo.

Neuroblastoma: geralmente se desenvolve nas células primitivas nervosas do sistema nervoso simpático. Pode aparecer na glândula adrenal, coluna espinhal, tórax, pescoço e pelve. Em 2% dos casos, os neuroblastomas podem ser um fator de herança genética, quando a criança herda um possível risco de desenvolver a doença a partir de um dos pais.

Hepatoblastoma: considerado raro, este tipo de câncer acontece no fígado. Na maioria dos casos, o hepatoblastoma ocorre no lado direito e pode acontecer a partir dos primeiros 18 meses de vida até os 5 anos de idade. Alguns dos fatores que aumentam o risco de chance da doença são: herança genética, crianças que tiveram precocemente infecção por hepatite B, que nasceram prematuramente e com baixo peso.

Osteossarcoma: mais comum a partir dos 10 anos, na fase chamada de “estirão do crescimento”. Pode acontecer nos ossos ao redor do joelho, no fêmur distal, tíbia proximal e ossos do braço próximos ao ombro, que são os locais os os ossos estão crescendo mais rapidamente.

Sarcomas de Ewing: são menos comuns que os osteossarcomas, mas também são tumores ósseos desenvolvidos no início da adolescência. Pode acontecer nos ossos pélvicos, parede torácica, ou ainda no meio dos ossos da perna. Segundo evidências científicas, na maioria dos casos indicam que houveram alterações genéticas, que levou ao desenvolvimento do Sarcoma de Ewing. 

Rabdomiossarcoma: pertence ao grupo de sarcomas das partes moles. Geralmente é desenvolvido nos músculos ligados aos ossos e podem atingir regiões da cabeça e pescoço, sistema urinário e extremidades. Em cerca de 15% a 25% dos casos, a doença é identificada já com metástase.

Tumor de Wilms: pode ser chamado também de nefroblastoma. É um tipo de câncer que tem origem no rim, sendo mais comum na infância. A doença pode acometer um ou os dois rins e é diagnosticada a partir de exames de imagem, além de biópsias.

Câncer do Sistema Nervoso Central (SNC): neste caso, a doença acontece com o crescimento anormal das células no cérebro. Vale ficar de olho em sinais como: dor de cabeça persistente, vômito, visão alterada, sonolência, dificuldade para andar, crises convulsivas, perdas de marcos de desenvolvimento, entre outros.

Retinoblastoma: apesar de ser raro, é o tipo de câncer de olho mais comum em crianças. A doença se desenvolve na retina, que fica na parte superior do olho. A partir dos seis anos de idade, raramente é diagnosticado. Quando descobertos precocemente, existe 90% de chance de serem curados. Pode ser hereditário, mas também acontece pela mutação de um gene no cromossomo 13, afetando um ou os dois olhos. O sinal mais evidente é quando um flash de luz artificial é apontado para os olhos como em uma foto, por exemplo, refletindo uma mancha branca. Além disso, a criança também pode sentir dificuldade em enxergar, estrabismo e deformidade do globo ocular.

Os 10 sintomas mais comuns de câncer infantojuvenil:

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