Publicado em 09/10/2015, às 15h13 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Brincar é diferente de ter brinquedos. E, normalmente, as duas coisas estão ligadas. Quando você pensa em uma criança brincando, provavelmente imagina ela com um brinquedo na mão. Mas não necessariamente a diversão precisa acontecer desta maneira e tem um lado muito positivo nisto. Explicando: A experiência sem o brinquedo – aquele que a gente vai e compra em alguma loja – também é muito importante para o desenvolvimento infantil.
Isso não significa que você deve ser radical e não dar brinquedo algum para as crianças. Mas, um objeto em casa, como uma colher, uma vasilha, uma almofada ou um caixa de papelão não são classificados como brinquedos, mas são igualmente importantes. No momento da brincadeira, eles têm uma função lúdica.
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Entre o brincar e a brincadeira
Por que é importante que a criança brinque sem o brinquedo comprado? Segundo Teresa Ruas, consultora em desenvolvimento infantil da Fisher-Price e mãe de Maitê, principalmente porque dá asas à imaginação, à criação, à fantasia e à simbolização. Ou seja, ela vai imaginar que uma caixa de papelão é uma casinha ou um castelo e que a colher, por exemplo, é um avião. Na prática, é a transformação dos objetos reais e comuns em coisas maiores.
Fantasiar, simbolizar, criar a transformar são elementos bases para o desenvolvimento afetivo e cognitivo do ser humano. São, ainda, o combustível para que a criança possa desenvolver essas habilidades de uma forma refinada. De dois a sete anos, em média, o elemento da fantasia vai estar presente o tempo inteiro. Crianças maiores também fazem isso, mas com uma frequência menor.
Segundo Teresa, o importante, quando uma caixa vira um foguete, é que as crianças ligam o que já sabem ao que estão desenvolvendo. “A crianção e a fantasia potencializam as questões que contribuem para a formação da criança”, ressalta a consultora em desenvolvimento infantil.
Onde entram os brinquedos?
OK, o brinquedo concreto, aquele que não exige a transformação e simbolização, também é importante. Por exemplo, a fazenda que seu filho criou pode ser complementada por algum brinquedo que traz concretude do que aquilo realmente é, como um conjunto de animaizinhos. Ela une essas duas coisas para um mesmo objetivo, aumentando o efeito lúdico e a ligação entre o que ela sabe e o que ela quer aprender.
Outro ponto em que a vivência com os brinquedos é importante é quando seu filho brinca com um quebra-cabeça ou um jogo que tem normas, por exemplo, pois isso ajuda a exercitar questões específicas que a criança precisa ter, como memória e raciocínio lógico. A grande questão é complementar a função de um brinquedo e de um objeto doméstico ou produto reciclado. Vale ressaltar: você não precisa permitir que uma criança de 6 meses explore um objeto de papelão, já que, provavelmente, ela vai por na boca. É importante que ela brinque com objetos que correspondam à faixa etária.
E a tecnologia?
Para Teresa Ruas, celulares, tablets, e computadores, na primeira infância (de 0 a 6 anos) devem ser evitados. “A primeira infância é uma fase que requer experiências muito concretas. Para saber o que é uma cenoura, é preciso ver, sentir, pegar, manipular, morder e entender o que é”, afirma. “Quando eles ficam só no tablet, a vivência pessoal é impedida”, complementa.
As crianças precisam de contato presencial. Ter contato com a imagem e o som de um cachorro que está no tablet, não passa a noção do que é um cachorro real, é claro! Quando se tem contato com objetos reais, entende-se o que são de fato os objetos. E, sim, às vezes é necessário utilizar estes recursos tecnológicos. Por exemplo: você está no pediatra e a criança está inquieta. Para acalmá-la, coloca um desenho no seu celular. Sabemos que isto ajuda e funciona, mas estes recursos não podem ser as fontes lúdicas e de distração o tempo inteiro.
Consultoria: Teresa Ruas, consultora em desenvolvimento infantil da Fisher-Price, mestre em educação especial, doutora em ciência da saúde coletiva e mãe de Maitê, 3 anos.
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