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Mamãe ganha medalhas

arquivo pessoal

Publicado em 09/08/2018, às 10h12 - Atualizado às 10h12 por Ivelise Giarolla


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Desde 2006 pratico um esporte que amo: corrida de rua. Entre idas e vindas, gestações, lesões, corri diversas provas de 5km , 10km, 15km e 21km. Mas, a mais almejada por mim, a maratona (42km), ia ficando no projeto, no sonho, no impossível. Tudo porque a preparação requer um longo período, equipe multidisciplinar de apoio, treinos de fortalecimento muscular, disciplina na planilha do treinador de corrida, corridas em quaisquer condições de temperatura (do zero aos 35 graus, sem desculpas), no cansaço, no pós-plantão, com vontade, sem vontade e por aí vai. Adicionado a tudo isso um porém: as crianças!!!!!!!! Pós-treino sem nenhum descanso (oi?), pois elas nos aguardam com toda energia do mundo. Mais um detalhe: temos que ter uma equipe de apoio em casa para poder treinar, no meu caso, o maridão lindo, que sempre me apoia.

(Foto: arquivo pessoal)

Em 2017 percebi que já estava com 41 anos, treinando bem, sem lesões e decidi que minha hora havia chegado: a de encarar a senhora do nosso respeito máximo “maratona”. Aquela que não deixa nenhuma pessoa sem sofrimento, aquela que nos testa todos os minutos, aquela que jamais podemos subestimar e aquela que nos faz pensar em ser forte a qualquer custo.

Após conversa séria com treinador e marido batemos o martelo: em um ano iria correr a Maratona de Porto Alegre. E lá fui conciliar tudo: trabalho, treino, plantões, sono, alimentação, vida esposa, vida de mãe, vida de amiga, etc, etc ,etc. Minha vida virou uma planilha literalmente.

Os treinos foram fluindo e os “longões” acontecendo. As barreiras dos 24/26/28/30/32km sendo quebradas. Fiz vários treinos de 21km na esteira antes do plantão, pois era “a hora que dava”. Vários dias da semana com treinos duplos corrida/musculação. Nutricionista, médico ortomolecular, fisioterapeuta me acompanharam. E quando percebi a data da maratona chegou e eu sobrevivi!

(Foto: arquivo pessoal)

Corri sob forte chuva e frio o tempo todo e sofri muito, muito mesmo. Cruzei a linha de chegada chorando de emoção! Tudo bem que estava com dores em todos os músculos do meu corpo, porém uma felicidade inexplicável inundava meu ser. Uma sensação de super poderes indescritível! Agora sim, havia me tornado uma maratonista! Algo que sonhei por anos! Ressignifiquei minha vida e posso dizer que me tornei outra pessoa, uma pessoa bem mais forte e ainda mais confiante.

Ser mãe não nos impede de irmos atrás de nossos sonhos. E abrir mão da maternidade para treinar me transformou em uma mãe ainda melhor. Tenho certeza que sou heroína para minhas filhas, porque elas falam com peito estufado que  “a mamãe ganha medalhas”.

Ser exemplo para nossos filhos: isso não tem preço.

(Foto: arquivo pessoal)

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Palavras-chave
Comportamento Família Saúde Criança

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