Publicado em 07/04/2021, às 11h04 - Atualizado às 11h09 por Mayra Gaiato
Assim como temos outros meses para dar visibilidade a diferentes causas, como Janeiro Branco para saúde mental e Setembro Amarelo para prevenção ao suicídio, o mês de Abril é considerado o mês do autismo. Em 2007 a ONU definiu 2 de Abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, desde então, a data é uma forma de conscientizar e informar sobre o TEA, um transtorno tão amplo e complexo. Com isso, o mês se tornou muito importante para toda comunidade que abraça e defende a causa.
Para dar ainda mais destaque à campanha, cartões postais dos quatro cantos do mundo realizam ações que fazem referência à causa. Monumentos como a aclamada Torre Eiffel, em Paris, e as imponentes pirâmides e Esfinge, no Egito, se iluminam de azul e ganham novos significados. No Brasil, além do Cristo Redentor que, da mesma forma, muda de cor para simbolizar a luta pela causa, temos também a Caminhada pelo Autismo. Nos últimos anos milhares de pessoas vestidas de azul se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para mostrar a importância da conscientização do autismo.
Por causa da pandemia, pelo segundo ano essa caminhada está suspensa. Então, a movimentação saiu das ruas e veio para a internet, em que muitas pessoas estão fazendo campanhas e ações super legais para levar mais informações sobre o Transtorno do Espectro Autista para todas as pessoas. A importância da data está, justamente, em potencializar o alcance do tema, fazer com que chegue às mídias e, assim, aumentar as oportunidades de expandir o conhecimento sobre o transtorno para outras comunidades.
Atualmente já temos mais de 70 milhões de pessoas em todo mundo que possuem o diagnóstico de autismo, e esse número cresce exponencialmente. Nos anos 80 existia 1 caso de autismo para cada 10 mil pessoas. Hoje, a estatística oficial está em 1 caso para cada 54 pessoas. Para que seja possível promover cuidados para quem apresenta os sintomas e características, é preciso falar mais e mais sobre o assunto e desmistificar algumas ideias que antes se tinham sobre o TEA. Também é de extrema importância oferecer informações seguras sobre os sinais do autismo e de que forma podemos acolher as pessoas e evitar atrasos no desenvolvimento.
Os diversos subtipos de autismo fazem com que exista uma diversidade imensa nos sintomas. Alguns casos estão em um extremo do espectro, com comorbidades e deficiência intelectual associada, o que faz com que necessitem de apoio intenso. Por outro lado, outras pessoas estão no extremo oposto, com sintomas leves, autonomia e independência, fazendo que, muitas vezes, até o diagnóstico passe despercebido. Alguns sinais comuns em pessoas com autismo:
Os sintomas precisam estar presentes na infância, no período de desenvolvimento, mesmo que alguns se manifestem depois, conforme as demandas sociais aumentam e causar prejuízos significativos na vida.
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