Publicado em 21/02/2016, às 09h31 por Redação Pais&Filhos
Você deixaria alguém colocar uma comida na sua boca sem que você conseguisse analisar seu visual, odor ou mesmo cor? É difícil, não é? As crianças também acham. Elas precisam sentir a textura dos alimentos, poder escolher entre os tamanhos, cores, odor e paladar.
A nutricionista da Cardapioterapia Renata Buzzini, mãe de Carlos Eduardo, de 4 anos, explica que existe um método que tem dado muito certo, chamado BLW (baby-led weaning – alimentação guiada pelo bebê). Ele é não é inovador, porém consegue ir além do estilo “papinha”, “frutinha” e “suquinho”.
“É preciso conscientizar a família que o tipo do alimento e a mistura deles é apenas uma etapa do início da introdução dos alimentos; e que, além disso, é fundamental a participação das crianças nas escolhas e fazer com que elas se sintam à vontade com o que vão comer”, orienta.
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Renata lista 10 dicas que ajudarão a fazer com que os bebês experimentem alimentos saudáveis:
1 – Deixem que seus filhos, a partir dos 6 meses de idade, sentem à mesa com vocês no momento das refeições (nas cadeirinhas apropriadas para ficarem todos confortáveis);
2 – Façam um pratinho com itens cortados e deixem ao alcance para que ele possa pegar, amassar, experimentar;
3 – Pense em porções e formatos que a criança consiga pegar com as mãos e levar sozinha à boca;
4 – Atenção para que os pedaços não sejam muito grandes e provoque engasgo. Só fiquem de olho, mas não piquem muito pequenininho os pedaços;
5 – Os alimentos oferecidos cortados também devem ser ingeridos pelo restante da família que compõe a mesa;
6 – Podem manter o início da alimentação com as papinhas, frutas amassadas, sucos coados. Fiquem atentos aos sinais de seu filho. Caso percebam que ele já tem habilidade em comer sozinho, deixem;
7 – É esperado que seu filho brinque com os alimentos nos primeiros dias e depois vai arriscando colocar na boca, podendo cuspir ou engolir;
8 – Não insista ou obrigue-o a comer, nem mesmo o premie com elogios demasiados, promessas ou brinquedos;
9 – Conquistando a habilidade da mastigação e manejo da língua, permitam alimentos amassados com pedaços e migrem gradativamente para pedacinhos, independentemente da idade;
10 – Paciência: a autonomia é algo a ser conquistado pela criança e a segurança deve ser parceira dos pais.
“A alimentação guiada pelo próprio bebê é um caminho natural, mas nenhum passo deve ser uma regra; use justamente aquele seu instinto de mãe, procure a parceria de um profissional pediatra e/ou nutricionista e entenda como os hábitos de sua casa podem ser ajustados para melhor alimentar seus filhos”, recomenda a nutricionista.
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