Publicado em 06/01/2023, às 06h11 - Atualizado às 06h35 por Redação Pais&Filhos
O Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) apurava a denúncia de que uma enfermeira teria abortado a atriz Klara Castanho e ameaçado a menina falando que divulgaria para a imprensa informações sobre a entrega para adoção de um bebêque nasceu fruto de um estupro sofrido pela mesma. De acordo com eles, o processo de investigação do caso foi arquivado por falta de provas.
O Conselho disse ainda que realizou uma sindicância sobre o suposto vazamento de informações sigilosas no Hospital Brasil e, em nota, afirmou que “não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes”.
Nota Coren-SP
Em relação ao caso que envolve a atriz Klara Castanho, sobre possível vazamento de informações sigilosas em hospital no estado de São Paulo, o Coren-SP esclarece que instaurou sindicância para investigação, imediatamente quando foi noticiado pela mídia, prezando pelos princípios da ética e da segurança na assistência prestada pela enfermagem, para apuração de suposto envolvimento de profissionais.
O Coren-SP seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, colhendo depoimentos, porém as provas analisadas não comprovaram a participação da enfermagem no vazamento das informações. A atriz foi procurada através de sua assessoria para apresentação de sua versão dos fatos, porém não se manifestou.
Destacamos que foram respeitados todos os ritos processuais e que, em todo o processo de investigação que preze pela imparcialidade, são necessárias provas que comprovem as infrações e garantia do amplo direito de defesa. Esses são os princípios que regem a Constituição brasileira e o Código de Processo Ético dos Profissionais de Enfermagem.
O Coren-SP reitera sua solidariedade e disponibilidade à atriz e o seu compromisso com a fiscalização séria do exercício profissional da enfermagem, em defesa irrestrita da ética, contra qualquer tipo de impunidade ou dano à sociedade, pautado, sempre, pelos princípios constitucionais.
Klara Castanho compartilhou uma carta aberta no Instagram na noite do dia 25 de junho de 2022, em que afirma ter sido estuprada e que teve o bebê e entregou para a adoção. Em um texto longo, ela desabafou sobre o caso.
A história começou a ser especulada depois que Antonia Fontenelle contou em uma live que “uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção” e ainda acrescentou: “Ela não quis olhar para o rosto da criança”. Mesmo não revelando o nome de Klara, pelas descrições os seguidores fizeram a associação. Agora, a atriz se pronunciou nas redes sociais.
“Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la dessa maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recentes. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri”, começou.
Ela seguiu: “Fui estuprada. Relembrar esse episódio traz uma sensação de morte, porque algo morreu em mim. Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família nem dos meus amigos”.
A atriz completou que não fez boletim de ocorrência e se sentiu muito culpada e envergonhada pelo ocorrido. Ela disse que pensou que ao fingir que não tinha acontecido ela poderia esquecer, mas não aconteceu e os traumas perseguiram ela.
“Meses depois, eu comecei a passar mal, ter mal-estar. Um médico sinalizou que poderia ser uma gastrite, uma hérnia estrangulada, um mioma. Fiz uma tomografia e, no meio dela, o exame foi interrompido às pressas. Fui informada que gerava um feto no meu útero. Sim, eu estava quase no término da gestação quando eu soube”, disse ao acrescentar que o ciclo menstrual estava normal, assim como o corpo.
Ela relembrou do momento da descoberta e falta de empatia do médico que a atendeu: “Esse profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo. Essa foi mais uma da série de violências que aconteceram comigo”.
Segundo ela, o período em que soube da notícia e o parto durou apenas alguns dias e ela decidiu entregar o bebê para a adoção. “No dia em que a criança nasceu, eu, ainda anestesiada do pós-parto, fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: ‘Imagina se tal colunista descobre essa história'”, relembrou.
Ela ainda finalizou: “Minha história se tornar pública não foi um desejo meu, mas espero que, ao menos, tudo o que me aconteceu sirva para que mulheres e meninas não se sintam culpadas ou envergonhadas pelas violências que elas sofrem […] Eu vou tentar me reconstruir, e conto com a compreensão de vocês para me ajudar a manter a privacidade que o momento exige”. Nos comentários, os seguidores mostraram solidariedade à atriz.
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