Publicado em 13/09/2019, às 12h36 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Ele Cushing, de 31 anos, ficou oito dias sem dormir para cuidar do filho Joshua, que nasceu em 7 de janeiro de 2016, por estar preocupada e obcecada pelo bebê. O marido Greg, de 34 anos, ficou apreensivo quando acordou um dia e viu que todas as anotações bíblicas da esposa estavam rabiscadas com uma caneta vermelha. Ele percebeu então, que havia algo de errado com a mulher.
A mulher recebeu a visita de uma equipe médica,especializada em saúde mental, e foi diagnosticada com psicose pós-parto. A paranoia já estava em um nível tão elevado, que ela estava incomodada com uma das enfermeiras. Cushing acreditava que a mulher tinha um caso com o marido dela e queriam a deixar trancada dentro de casa. “Lembro-me de pensar que ela estava me mandando para ser trancada para poder ficar com meu marido”, contou ao veículo britânico, Daily Mail.
Até mesmo enquanto Joshua dormia, ela precisava verificá-lo o tempo todo para saber se estava bem e confortável, e não descansava. Cushing precisou se afastar por três meses da família para dar continuidade ao tratamento e estar bem o suficiente para voltar. Hoje ela se identifica como “mais forte e mais corajosa” do que nunca.
Quando ela chegou ao hospital pela primeira vez, contou que os momentos foram muito traumáticos: “Eles me colocaram em uma sala com uma janela para a sala dos funcionários, justamente para que pudessem me observar e eu pensei que estava nos Jogos Vorazes. Lembro-me de bater no copo ao lado, aterrorizada, achando que logo seria mandada a uma arena para ser sacrificada. Senti que tinha força sobre-humana e foram necessários vários membros da equipe para me conter. Tive que ser tranquilizada. Foi um caos”.
Os pais de Joshua estavam ansiosos para o nascimento do filho, mas uma anormalidade foi detectada com 20 semanas, precisando induzir o parto em 6 de janeiro de 2016, com 40 semanas. “O nascimento foi um borrão. Eu tive que fechar meus olhos, como forma de lidar com a agonia. Foi torturante”, contou ao site. “Joshua teve que ser levado pelas enfermeiras para que pudessem cuidar dele porque eu não podia. Eu estava apenas paralisada e não sabia por onde começar”.
Depois de oito semanas em hospitais psiquiátricos, a mãe foi transferida para Winchester MBU, lugar em que passou um mês para reconstruir o vínculo com o filho. Quando recebeu alta, ela precisou lutar contra depressão, ansiedade e TOC. “Depois que recebi alta, senti que estava aprendendo a ser uma mãe nova com três meses de idade. Eu me sentia muito vigiada, como se ninguém confiasse em mim para ficar sozinha com o Josh”.
“Sinto que, se eu consegui combater a psicose pós-parto, posso lutar contra qualquer coisa. Meu relacionamento com Joshua é incrivelmente especial. Ele é um pacote de energia. Agora sinto que estou pronta para apoiar e ajudar os outros. Quero compartilhar minha história para aumentar a conscientização, mas também para que outras mães saibam que não estão sozinhas e que há uma luz no fim do túnel”.
Psicose pós-parto
A psicose pós-parto pode acontecer com mulheres que têm um distúrbio bipolar ou histórico de psicose pós-parto. Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da psicose podem aparecer nas 3 primeiras semanas depois do nascimento e chega a ser mais grave que a depressão. Entre os sintomas, podemos listar:
– Sono perturbado, mesmo quando o bebê está dormindo
– Pensamento confuso e desorganizado
– Vontade extrema de fazer mal ao o bebê, a si mesma ou a qualquer pessoa
– Mudanças drásticas de humor e comportamento
– Alucinações, que podem ser visuais, auditivas ou olfativas
– Pensamentos delirantes e irreais
Homens também podem ter
Não são só as mulheres que podem desenvolver depressão pós-parto. Segundo uma pesquisa publicada na revista The Journal of American Medical Association, os pais podem sentir depressão pós-parto entre o terceiro e o sexto mês depois do nascimento. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2015, a condição já afetava 10,4 % dos pais.
A depressão pós-parto masculino é mais suscetível quando a/o parceira (o) também está sofrendo da condição, deixando o ambiente em casa instável, comprometendo o bem-estar do bebê. Os sintomas são iguais aos das mulheres e o tratamento é com acompanhamento psicológico.
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