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Crimes de pedofilia na internet aumentam em São Paulo: Saiba como proteger seu filho

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Publicado em 16/09/2019, às 10h22 por Cinthia Jardim


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Apenas no estado de São Paulo, entre o início de 2016 a junho de 2019, foram presas 258 pessoas acusadas pelo crime de pedofilia na internet. Os suspeitos compartilhavam ou produziam a pornografia infantil em computadores, pendrives e CDs, e todos os dados foram entregues à Polícia Civil. Entre 2016 e 2017, as prisões por pedofilia caíram de 77 para 24, já no período de 2017 e 2018, houve o aumento de 24 para 97 casos. Nesse ano, até o momento, são 73 ocorrências registradas.

Ana Lencarelli, psicanalista e presidente da ONG Vozes de Anjos, contou que alguns indicadores podem ajudar a perceber as vítimas de pedofilia. Pode-se notar apatia ou ansiedade, sexualização precoce, geralmente em crianças mais novas, pois podem querer reproduzir determinado comportamento. “Há crianças que costumam reproduzir masturbação compulsiva, pois a maioria dos pedófilos não opta pela penetração peniana. Eles preferem carícias, sexo oral e masturbação”, explicou em entrevista ao Agora São Paulo.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 2011 e 2017, foram registradas 58.074 vítimas de abuso sexual no Brasil, sendo 43.034 meninas e 14.996 meninos. Crianças de 1 a 5 anos representam 51,2% do total. Segundo Ana Lencarelli, existem dois tipos de pedófilos: os que abusam e os que produzem e consomem a pornografia infantil. “O prazer do pedófilo é se sentir onipotente diante da vítima, eles não têm empatia com as vítimas, que acabam sendo acusadas [pelos abusadores] de os seduzir”, conta.

Alerta aos pais

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A psicanalista contou que teve acesso às imagens de pornografia infantil pela deep weeb (espécie de internet com difícil rastreamento). O preço de venda desse material pode variar entre R$ 5.000 a R$ 50 mil. Se a vítima é mais nova, a foto fica mais cara. “Muitas vezes pais e mães ajudam na produção. Já atendi um caso em que a vítima tinha somente 28 dias de vida”.

É muito comum o compartilhamento inocente de fotos de crianças de biquíni ou sunga na praia, e até mesmo durante o banho. Essas imagens podem atrair a reprodução indevida e sem autorização dos pedófilos por diversos sites na internet. Os pais devem ter muito cuidado ao partilharem os momentos em família com outras pessoas, pois mesmo que seja sem querer, pode atrair olhares maldosos e maliciosos para as crianças.

Nota da Secretaria

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP), na gestão João Doria (PSDB), afirmou que há intensificação para combater os casos de pedofilia. Foi divulgado também em nota que todas as delegacias são aptas para investigar e registrar denúncias de abuso sexual em menores de idade. “As pessoas envolvidas com essa prática [pedofilia], de forma geral, são do sexo masculino, têm aparência comum e agem de forma sedutora pela intenet”, diz um dos trechos da nota.

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Bebê Notícias Criança

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