Publicado em 20/06/2020, às 05h24 - Atualizado às 05h50 por Redação Pais&Filhos
Uma mãe fez um desabafo muito emocionante sobre sua gestação. Kristin Diversi sempre soube que queria ser mãe. Após se casar, ela e o marido não demoraram muito para começar a tentar ter filhos. Porém, ela nunca imaginou que o caminho seria tão complicado: ela tentou engravidar durante 4 anos, mas não deu certo.
Após 4 anos de tentativa, Kristin e o marido decidiram consultar um especialista em fertilidade. “Tentamos fazer inseminação intra-uterina medicamente assistida 6 vezes e, quando fiz 33 anos, tentei fertilização in vitro. Nada funcionou. Foi uma perda enorme”, conta. “Se quiséssemos ter filhos, tínhamos 3 opções: adoção de embriões (adotando embriões já feitos de esperma e óvulo), adoção de óvulos (adotando óvulos e usando o esperma do meu marido para fertilizá-los) ou adoção”.
Kristin conta que, por motivos pessoais, ela e o marido optaram por fazer adoção de embriões. “Nosso bebê não seria geneticamente nosso, mas eu o carregaria e o geraria”, diz a mãe. “Escolhemos cuidadosamente nossos embriões a partir de uma seleção em nossa clínica. Nosso médico concordou em transferir dois, já que eu nunca tinha engravidado e minhas chances eram quase nulas”.
O casal assinou uma papelada que reconhecia que as chances e ter apenas um bebê estavam entre 60 e 80%, as chances de ter gêmeos eram de 40% e de ter trigêmeos eram de cerca de 2%. Kristin conta que o processo custou cerca de 80 mil doláres, porém eles estavam determinados em terem filhos.
Em maio de 2019, Kristin fez um teste de gravidez e o tão esperado momento chegou: deu positivo. “Fiz meu primeiro ultrassom quando estava com 6 semanas. Para nossa surpresa, não estávamos tendo apenas 1 bebê, mas 2. Ficamos muito emocionados e, algumas semanas depois, fizemos outro ultrassom. Dessa vez, o queixo do médico caiu quando a imagem apareceu no monitor: você tem 3 bebês aí dentro”, relembra a mãe.
Kristin conta que ficou desesperada e começou a chorar. “Nós sabíamos que não eram boas notícias, eram notícias arriscadas e, na pior nas hipóteses, eram desastrosas”, ela diz. “Fomos informados sobre os riscos de tentar levar esses três bebês. Alguns deles incluíam trabalho de parto prematuro, 40% de chance de todos ou alguns dos bebês terem defeitos congênitos e problemas nos órgãos, possíveis problemas de saúde ao longo da vida e risco aumentado de aborto“.
O médico recomendou uma solução polêmica para o casal: redução multifetal ou seletiva. A redução multifetal reduz o número de fetos no útero e aumenta as chances de ter uma gravidez saudável. É considerado um procedimento seguro para a mãe e as chances de problemas para os outros fetos são pequenas. “Perguntei aos médicos se era possível reduzir apenas um dos bebês e manter os outros, mas me disseram que dois não sobreviveriam”, relembra.
“A notícia foi de partir o coração. Recorri aos fóruns online para compartilhar minha dor, mas recebi muito julgamento. Por fim, acreditei no potencial da ciência e decidi fazer a redução. Foi a mais difícil das escolhas que já fiz, mas foi uma experiência muito solitária e isolada, sem apoio de muitas pessoas”, relembra Kristin. A redução multifetal geralmente ocorre nas primeiras 12 semanas de gestação.
“Eu me senti impotente, me senti uma péssima mãe. Não consegui engravidar naturalmente e não estava conseguindo ter uma gravidez saudável. Senti que tinha falhado”, ela desabafa. “No dia da redução, meu coração pesava. O médico, usando o ultrassom como guia, inseriu uma agulha com cloreto de potássio e parou o coração dos gêmeos“.
Kristin conta que chorou muito porque sentiu dor e porque dois de seus filhos morreram em seu útero. “A vida é espetacularmente injusta. Gastei quase 10 mil dólares para ter esses bebês e agora eles não irão nascer”, desabafou. Kristin está se preparando para ter um único bebê, que deverá nascer em janeiro. No relato, ela conta que o bebê é saudável e está crescendo rápido.
“Eu o sinto chutando agora e sou muito grata. Separar a perda e a tristeza da minha felicidade pelo meu bebê é uma da coisas mais difíceis que já tive que fazer. Uma coisa é saber que essa foi a escolha certa, outra coisa é vive com a realidade de ter dois bebês mortos no meu ventre”, diz a mãe. De acordo com ela, os fetos serão absorvidos por seu corpo, porque é isso que acontece após a redução multifetal.
Finalizando o relato, Kristin reforça que tomar essa decisão foi uma das coisas mais difíceis que precisou fazer. “Como mãe, foi a única escolha que tive. Foi um sacrifício além do que eu pensava ser capaz de fazer, mas, como muitos pais sabem, isso faz parte da maternidade“, ela conclui.
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