Publicado em 30/10/2020, às 09h40 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Com a pandemia do novo coronavírus, diversas grávidas passaram por momentos de ansiedade e incertezas. O que se sabe até agora sobre a relação da covid-19 com a gestação é de que essas mulheres, se comparadas com outras da mesma faixa etária e que não estão esperando por um bebê, possuem riscos maiores.
Para Kimberly Barbeitos, mãe de Katarina, Kamilie e Martin, essa sensação não foi diferente. “Quando o isolamento social começou eu estava com 35 semanas, reta final da gestação. Tive muito medo de contrair a doença e perder meu filho ou ele nascer antes da hora”, contou em uma conversa com a Pais&Filhos.
Por ser um momento muito delicado na vida da mulher, o corpo passa por diversas alterações, os pensamentos mudam, a rotina fica diferente e as preocupações e cuidados com a saúde só aumentam. De acordo com a Dra. Thalita Domenich, ginecologistae obstetra, mestre em Ginecologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP, filha de João Carlos e Ana Regina, é muito importante ficar de olho em qualquer tipo de infecção durante esta fase.
“Mesmo assim, devemos considerar que qualquer infecção nas gestantes pode levar a abortamento ou trabalho de parto prematuro. Em relação ao bebê, os estudos não demonstram transmissão via placentária; entretanto, em alguns casos houve contaminação no momento do parto”, explicou.
Durante os últimos meses de gravidez, Kimberly precisou cancelar o chá de bebê às pressas por causa da pandemia. “Estava programado para o dia 28 de março e em meu município, o isolamento começou no dia 20 de março. Tudo estava pronto: decoração, lembrancinhas, bebidas e alimentação comprados. Desmarcamos com muita tristeza. Fiquei muito chateada, principalmente porque estava sendo privada de receber todo carinho e boas vibrações daqueles amigos e familiares que tanto amamos. Em meu pensamento, pesava a sensação de que meu pequeno Martin não receberia todo esse amor”, desabafou.
Quando Martin veio ao mundo, a mãe de terceira viagem sentiu falta de estabelecer vínculos, e curtir mais com os filhos. “Me senti culpada, sozinha, carente e triste, mesmo tendo meu esposo, minhas filhas e minha mãe comigo. Novamente o sentimento de ter o privamento do carinho e atenção dos familiares e amigos preencheu meu coração”, lembrou. “Doeu não poder receber abraços, visitas, conversar, rir e me distrair. Eu estava 24h imersa na rotina da casa com 2 crianças em aulas remotas, marido em home office e as necessidades de um recém-nascido”.
Apesar das mais diversas dificuldades, a pandemia também trouxe momentos de reflexão, que vieram para ficar. “Aprendemos a dar mais valor aos momentos em família, estamos mais unidos. O Martin teve que aprender na marra que tem um pai que fala alto, que sua irmã do meio adora brincar de imaginar e que sua irmã mais velha gosta de ouvir música alta. Hoje gostamos de assistir filmes juntos, estamos todos mais envolvidos com os cuidados com a casa”.
Para as mães que também estão passando por essa fase, Kimberly reforça que elas não estão sozinhas e que apesar da dor e culpa, é muito importante buscar o apoio e a ajuda na família. “O amor de amigos e familiares nos fortalecem, mas que em nome da saúde de todos o isolamentose faz necessário”, concluiu.
Inicialmente, as grávidas não foram incluídas no grupo de risco da doença, pois ela parece se comportar nas gestantes exatamente como na população de baixo risco. No entanto, devemos considerar que o fato de uma mulher estar grávidaleva a uma série de alterações hemodinâmicas, como aumento do débito cardíaco e diminuição da capacidade respiratória, que aí sim pode gerar complicações caso ocorra a contaminação pelo novo coronavírus. Além disso, a gestação é um momento de imunossupressão onde a doença pode ter um desfecho mais grave.
Os estudos não mostraram transmissão do vírus de mulheres infectadas via placentária. É provável que, nesse caso, a placenta se comporte como uma barreira para o vírus.
Os mesmos cuidados que a população geral: uso de máscaras, lavagem frequente das mãos e isolamento social.
Sim, até porque a covid-19 é uma doença muito nova e certamente ainda não temos todo o conhecimento do seu comportamento na gestação. É preciso continuar fazendo seu pré-natal regularmente, onde as consultas presenciais são fundamentais para controle de peso e pressão arterial. Deverá comparecer preferencialmente desacompanhada, no horário marcado para evitar encontro com outros pacientes, ir de máscarae não retirá-la em nenhum momento, além de higienizar as mãos com álcool em gel sempre que possível.
A gestante deverá utilizar máscara, usar álcool gelnas mãos e sempre levar seu cartão pré-natal.
As maternidades que atendem por convênio em São Paulo, por exemplo, estão solicitando que a paciente e o acompanhante realizem o teste para coronavírus até 2 dias antes, em caso de parto agendado, para que utilizem equipamentos de proteção específicos se o resultado do exame der positivo. De qualquer maneira, a principal recomendação é que todos da equipe, a paciente e o acompanhante utilizem máscaras durante toda a internação e o parto, além da adequada higienização das mãos.
Sim, a recomendação universal é que a amamentaçãoseja realizada sempre que possível; só não ocorrerá caso a paciente esteja em ventilação mecânica. É preciso fazer isso sempre de máscara e lavar bem as mãos antes e depois das mamadas.
Sim, desde que higienize bem as mãos e utilize máscara a todo momento. Entretanto, a mãe não deve beijar a criança.
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