Publicado em 08/07/2020, às 09h35 - Atualizado às 11h05 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
A embolização de miomas uterinos é uma técnica utilizada para tratar a miomatose uterina, que causam vários incômodos como sangramento e dor pélvica. Nesse novo procedimento, os miomas são tratados, mas sem a necessidade da retirada do útero, permitindo que a mulher possa engravidar futuramente.
“Os miomas uterinos são tumores benignos mais frequentemente encontrados em mulheres no seu período reprodutivo, acima dos 30 anos de idade. Tipicamente, ocorrem até a menopausa”, explica Doutor Luís Gustavo Carpi, cirurgião vascular do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu.
Entre as mulheres que têm miomas, apenas uma pequena parcela irá desenvolver sintomas como menorragia (sangramento), cólicas, dor pélvica, peso no baixo ventre e aumento da frequência urinária. Dependendo do tamanho e localização, o mioma poderá dificultar a gravidez. As melhores opções de tratamento são hormonal, miomectomia (embolização) e histerectomia (retirada do útero).
Assim, a embolização dos miomas uterinos vem para somar como mais um procedimento terapêutico, indicado para aquelas mulheres que não tiveram sucesso nos tratamentos citados acima, não podem recorrer a histerectomia devido ao alto risco cirúrgico ou para quem ainda deseja passar por uma gestação. A embolização dos miomas uterinos é uma técnica realizada com uma punção em artérias da região femoral (virilha), onde é introduzido um cateter até as artérias uterinas.
“São liberadas micropartículas que irão impactar nas artérias que nutrem os miomas, levando então à sua isquemia e consequentemente sua fibrose. A redução esperada do tamanho dos miomas é da ordem de 50-60%”, completa o especialista. Já no dia seguinte do procedimento, a paciente recebe alta e a melhora dos sintomas já pode ser percebida entre duas ou três semanas.
“Recentemente, tivemos a ótima notícia de uma de nossas pacientes que foi tratada e não conseguia engravidar antes do tratamento, e que teve sucesso na gestação”, explica o médico Dr. Luís Gustavo Carpi. Um dos 20 casos curados pelo Hospital é o de Joselia da Silva. Ela diz que soube do tratamento graças ao ginecologista. “A cirurgia é ótima. Antes eu tinha uma dor tremenda no útero, ficava menstruada entre 15 a 20 dias. Por causa disso, tinha anemia profunda”, garante.
A melhor notícia chegou dois anos depois, quando ela e o marido conseguiram realizar o sonho de serem pais. “Melhorou em mais de 99% a minha vida, pois não sinto dor e a minha menstruação é regulada. Qualidade de vida é outra coisa”, completa. Assim como Joselia, essa é uma chance para que você e outras mulheres possam gestar e aumentar a família.
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