Publicado em 20/04/2021, às 12h32 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro
O número de mulheres grávidas e puérperas – isto é, mães de recém nascidos – vítimas da covid-19 dobrou em 2021 em comparação a média de mortes registrada em 2020. Além disso, o número de mortes nesse grupo teve um maior aumento em comparação a outras parcelas da população, segundo análise feita pelo Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19).
Segundo o Observatório, uma média de 10, 5 grávidas e puérperas morreu por semana de covid-19 em 2020. Porém, em 2021, esse número havia subido para 25, 8 até 10 de abril. Dessa maneira, um aumento de 145, 4% na média semanal de óbitos desse grupo foi registrada, em comparação aos 61, 6% de crescimento de mortes da população geral.
Em entrevista realizada pela Agência Brasil, Rossana Francisco confirmou que a mudança deve estar nas medidas e no tratamento dessas mulheres, que deve ser diferenciado e especializado: “Mulheres precisam conhecer esses dados e entender que gestantes e puérperas são um grupo de maior risco do que a população geral. Quando elas pegam covid-19, o risco que elas têm de evoluir para uma forma grave e precisar de uma UTI e de uma intubação é maior do que temos na população geral”. E completa: “Já temos uma rede de saúde que não é muito organizada para atenção a casos graves para este público, deixando claro que realmente temos uma dificuldade na atenção para a saúde da mulher, especialmente gestante e puérpera”.
Dados do órgão ainda mostram que no Brasil 1 em cada 5 mulheres desse grupo não conseguiu tratamento em UTI, e que não houve a possibilidade de intubação em um terço das mortes. A crise sanitária no país se revelou, nessa perspectiva, um dos principais motivos para o elevado aumento de perdas dessas mulheres.
O Governo Federal afirmou em coletiva de imprensa que destinou 1 bilhão de reais para o tratamento de mulheres desse grupo, de acordo com balanço de 2020 e 2021.
É necessário redobrar os cuidados com grávidas e puérperas durante a pandemia (Foto: Freepik)
Dito isso, a médica também presidente da Associação de Medicina e Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp) reafirma a necessidade de redobrar os cuidados com as grávidas e mães de recém nascida em tempos de pandemia – através do uso de máscaras, distanciamento social e trabalho em home office. “Quando elas pegam covid-19, o risco que elas têm de evoluir para uma forma grave e precisar de uma UTI e de uma intubação é maior do que temos na população geral”, Rossana complementa.
No último sábado, 17 de abril, o Ministério da Saúde declarou em coletiva de imprensa a autorização da vacinação de mulheres grávidas – desde que sejam integrante de algum grupo prioritário da vacinação, como profissionais de saúde, ou que apresente alguma comorbidade que aumente o risco da covid-19. Essas comorbidades podem ser diabetes, hipertensão arterial crônica, obesidade (IMC maior ou igual a 30), doença cardiovascular, asma brônquica, imunossuprimidas, transplantadas, doenças renais crônicas e doenças autoimunes.
Entretanto, o Ministério afirma desejar incluir todas as grávidas e puérperas como grupo prioritário no plano de vacinação. Segundo declarado em coletiva de imprensa por Raphael Câmera Medeiros Parente, secretário da Atenção à Saúde Primária: “Praticamente todos os especialistas em ginecologia obstetrícia têm uma sugestão e pedem com bastante força que todas gestantes entrem nesta recomendação, já estamos em tratativas avançadas”.
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