Publicado em 17/08/2022, às 08h25 - Atualizado em 06/10/2022, às 12h53 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
Sintomas de gravidez batendo na sua porta logo pela manhã: enjoo ao sentir alguns cheiros, inchaço nos seios, menstruação atrasada. Você faz e o teste e, surpresa! Você está esperando por um bebê e sua família em breve vai aumentar. Nos exames pré-natais, mais uma notícia: você está formando dois fetos. São gêmeos!
Se em coração de mãe sempre cabe mais um, a gente também pode trazer esse ditado popular para a barriga. O sonho da maternidade pode vir de diversas formas, seja pela adoção, barriga solidária ou pela própria gravidez – e, quando a vontade é muita (e a genética ou procedimentos cirúrgicos que auxiliam a gestação a acontecer), pode ser que esse sonho se realize em dobro.
Enquanto muitas mulheres, homens e casais de todos os tipos de formação desejam ter filhos, alguns sonham em ter gêmeos logo de cara. E, para isso, é comum se deparar com a seguinte pergunta no Google: como engravidar de gêmeos? Para entender como isso pode acontecer e o que quem quer engravidar deve fazer, conversamos com dra. Claudia Gina Rubin, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana no Projeto Alfa e mãe de Carolina e Rodrigo.
“A indução da ovulação, que pode ser feita de várias formas, aumenta a chance de gestação gemelar. Assim como na Fertilização In Vitro (FIV), a transferência de dois embriões também aumenta essa chance”. Apesar disso, a ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, levanta um alerta importantíssimo:
“O objetivo de qualquer ajuda ou tratamento para engravidar é dar a essa família um bebê saudável em casa. Como os resultados não são garantidos, muitas vezes implantamos mais de um embrião ou estimulamos a produção de mais de um óvulo. Mas o objetivo nunca é uma gestação gemelar. Ou seja, faz tratamento quem tem diagnóstico de infertilidade e não quem quer ter gêmeos”.
O valor do Beta HCG ( hormônio produzido na gestação) em gestação gemelar é mais alto e isso causa mais sintomas como náusea, vômitos e, em casos mais graves a hiperêmese gravídica”, ressalta a Dra. Claudia Rubin. A hiperêmese gravídica é uma condição que faz com que a mulher tenha episódios de vômitos incontroláveis e que tem início, geralmente, na quinta semana de gestação e pode se estender até a 16ª semana.
“As gestações gemelares trazem maior risco de prematuridade extrema, baixo peso e as sequelas da prematuridades para os bebês. Ela também aumenta o risco materno de complicações como diabetes gestacional, doença hipertensiva, atonia uterina e sangramento”. Apesar da lista, não é preciso se preocupar: “Hoje, os médicos e hospitais estão muito habituados com gestações gemelares e o índice de complicações é cada vez menor por conta disso”. O acompanhamento pré-natal é extremamente importante para garantir a saúde da grávida e dos bebês, por isso é fundamental que nenhum exame fique de lado durante esse período.
“O Clomid (nome comercial do citrato de clomifeno) é um indutor da ovulação que é indicado para casais que têm dificuldade de engravidar por fator ovulatório ou alterações leves de sêmen. Ele deve ser usado com indicação de um especialista e é necessário realizar o controle ultrassonográfico durante seu uso para evitar efeitos colaterais como hiper estímulo ovariano, dentre outros. Ele não deve ser utilizado ‘por conta própria’ com o objetivo de engravidar de gêmeos”, reforça a especialista em reprodução humana.
A gestação gemelar é caracterizada por ser a gravidez de mais de um feto. Ela acontece por dois motivos: a primeira é quando o embrião se divide espontaneamente, gerando gêmeos idênticos (também chamados de monozigóticos ou univitelinos), ou porque a mulher teve mais de um óvulo fecundado por espermatozoides diferentes, o que faz com que ela gere gêmeos bivitelinos ou dizigóticos (diferentes um do outro, podendo ser do mesmo sexo ou não).
As chances de uma mulher engravidar naturalmente de gêmeos é de 1 para 80. As gestações gemelares espontâneas estão muito ligadas à hereditariedade – mas, nesse caso, somente quando associada à gravidez de bebês bivitelinos, ou seja, diferentes entre si. Nem sempre o parto de gêmeos será prematuro, mas o risco de complicações na gestação de dois bebês aumenta quando comparado a uma gravidez de somente uma criança. Com acompanhamento e orientação médica, é garantido de que tudo correrá da melhor forma possível para a mãe e para os filhos também.
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