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Vacinação nas escolas reduz risco de novas epidemias

O Brasil oferece todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) através do Calendário Nacional de Imunização - iStock
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Publicado em 11/06/2022, às 06h56 - Atualizado em 23/06/2022, às 15h11 por Carolina Ildefonso, mãe de Victor


Quando pensamos em vacinação, logo lembramos dos postos de saúde. Mas será que estamos no caminho certo?

Os números de imunização no Brasil são preocupantes! Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal no Brasil tem despencado nos últimos dez anos. O índice de imunização recomendado acima de 90%, fechou o ano passado em 60,7%, conforme levantamento do DATASUS do Ministério da Saúde.

Essa queda pode provocar a volta de doenças já erradicas no país, como o sarampo e a poliomielite, e ameaçar a saúde das crianças. Por isso, especialistas alertam para a necessidade da ampliação dos locais de vacinação.

O Brasil oferece todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) através do Calendário Nacional de Imunização (Foto: iStock)

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a procura pela vacina contra poliomielite, caiu de 96,5% em 2012 para 67,6% em 2021. O último caso registrado no Brasil foi em 1989, mas esses números preocupam.

Outro exemplo é a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Em  2017, registrou queda 86,2%, já em 2021, a cobertura caiu para 71,4%. É o que explica os surtos de sarampo registrados nos últimos anos. Em 2018, foram 40 mortes e 40 mil casos, o que fez o Brasil perder a certificação de país livre da doença concedida pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS).

Até o dia 24 de junho uma campanha para incentivar a vacinação de sarampo, poliomielite e gripe está acontecendo em todo o país. A campanha, que era para ter sido encerrada no mês de maio, precisou ser prorrogada já que a adesão ficou abaixo do esperado.  Contra o sarampo, foram vacinadas apenas 31,3% das quase 13 milhões de crianças de 6 meses a 5 anos que deveriam ser imunizadas. Contra a influenza, que inclui crianças e adultos, a adesão foi de pouco mais de 34,8% – das quase 80 milhões de pessoas elegíveis.

Saúde x Educação

Para mudar essa situação, uma das estratégias defendida pelo pediatra-diretor da Associação Paulista de Medicina, Marun David Cury, é o trabalho conjunto entre a área de saúde e educação.

O ambiente escolar é enriquecedor para crianças
O índice de imunização recomendado acima de 90%, fechou o ano passado em 60,7%, conforme levantamento do DATASUS do Ministério da Saúde. (Foto: Getty Images)

Durante a participação no Fórum Brasil Imune, realizado pelo Instituto Lado a Lado, conduzido pela editora-chefe da Revista Pais&Filhos, Andressa Simonini, ele enfatizou: “Não há como sair dessa situação sem falar da importância das medidas de prevenção e o ambiente escolar é o espaço ideal para isso.”

A epidemiologista, coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Carla Domingues, mãe de Raissa e Gabriela, também acredita que as escolas podem ajudar na sensibilização da comunidade e na queda da abstenção da vacinação, mas que precisam do respaldo do Ministério da Saúde, para fornecer dados sempre atualizados sobre as cardenetas de vacinação.

Segundo Cury, a parte prática também tem condição de ser realizada. “É possível ter um médico ou profissional de saúde habilitado nas unidades que possa fazer esse controle, aplicar as vacinas e dar suporte às famílias quando necessário”, explica o médico.

Um projeto de lei (826/19) ,  que institui o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas, destinado prioritariamente a alunos da educação infantil e do ensino fundamental, está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Força-tarefa para a recuperação

Em dezembro de 2021, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos) e a Secretaria de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde assinaram um protocolo de intenções para implementar um programa de Reconquista das Altas Coberturas Vacinais. O objetivo é desenvolver ações estratégicas com apoio nacional e internacional, privado e governamental para reverter a trajetória de queda nas coberturas vacinais.

Para Carla Domingues as campanhas em massa são fundamentais para aumentar a adesão. “Por falta de informação as pessoas desconhecem os riscos de complicações e morte das doenças e acabam sendo influenciadas pela desinformação até acreditarem que as vacinas são desnecessárias”.

É sempre importante ressaltar que o Brasil oferece todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional, são aproximadamente 300 milhões de doses de vacinas ao ano, para combater mais de 19 doenças, em diversas faixas etárias. E por conta disso o nosso Programa Nacional de Imunização (PNI) é uma referência mundial.


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