Publicado em 24/06/2022, às 13h55 por Carolina Ildefonso, mãe de Victor
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirma mais dois casos da varíola do macaco na cidade e dessa vez, de forma comunitária, ou seja, que foi transmitida por casos aqui dentro o próprio país e não exportados de outros países. São dois homens, de 25 e 30 anos, que não viajaram para o exterior nem tiveram contato próximo com viajantes.
Em entrevista para o portal G1, o secretário de saúde do município, Rodrigo Prado, informa: “Os nossos dois confirmados aqui ontem [quinta] não têm história de viagem, não têm história de contato com caso suspeito ou confirmado”, disse Prado. “O que configura transmissão local.”
Até o momento, o Município do Rio tem três casos, que estão com boa evolução clínica, e em isolamento domiciliar e monitoramento diário pelas autoridades de saúde. Importante lembrar também que as pessoas com quem tiveram contato nos últimos dias também estão sendo acompanhadas e não apresentam sintomas.
Nesta quinta-feira, dia 23 de junho, o Ministério da Saúde atestou outros três casos autóctones (de transmissão local) de monkeypox no estado de São Paulo. São três pacientes homens, moradores da capital paulista, com idades entre 24 e 37 anos, sem histórico de viagem para países com casos confirmados. Com isso, o Brasil soma 16 pessoas positivadas.
O vírus pode se espalhar de pessoa para pessoa pelo contato direto com as lesões da pele ou fluidos corporais. Pode ser transmitido também por gotículas respiratórias ou durante o contato físico íntimo, como beijos, abraços ou sexo ou por objetos contaminados, como roupas de cama ou toalhas. Outra forma possível de infecção é através de animais infectados, por arranhadura ou mordida ou pela ingestão de carne contaminada.
Os sintomas podem ser confundidos com uma gripe, como febre, fadiga, dor de cabeça e dores musculares, mas em geral, de a um a cinco dias após o início da febre, aparecem as lesões na pele, que aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.
Elas vêm acompanhadas coceira e aumento dos gânglios cervicais, inguinais (ínguas) e uma erupção formada por pápulas (calombos), que mudam e evoluem para diferentes estágios até cicatrização. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.
Assim como com outras doenças contagiosas o isolamento da pessoa infectada é o mais indicado. A varíola pode ser transmitida desde o momento em que os sintomas começam até que a erupção cutânea tenha cicatrizado completamente. O período de incubação – tempo de contágio e início da doença – é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS.
Mesmo sem previsão de uma pandemia da varíola, os cuidados de prevenção são sempre a melhor opção: lavar bem as mãos, uso de álcool gel, uso de máscaras e evitar o contato com pessoas doentes.
Para tranquilizar as famílias, a Pais&Filhos conversou com alguns pediatras e infectologistas que explicam se as crianças fazem parte o grupo de risco. E a boa notícia é que: NÃO! A imunologista pela USP, Brianna Nicoletti, mãe de Felipe e do João Pedro, explica que entre os grupos de risco estão pessoas imunossuprimidas, idosos e crianças (que ainda não têm o sistema imunológico formado, como por exemplo, os recém-nascidos).
O primeiro episódio do POD&tudo o podcast da Pais&Filhos será no dia 29 de junho. Clique aqui e saiba mais.
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