Publicado em 20/08/2020, às 13h14 - Atualizado às 13h29 por Maria Laura Saraiva, Filha de Laise e Carlos
Quem nunca olhou para a geladeira no final do dia e percebeu que tinha que ter ido ao supermercado, que atire a primeira pedra! Realmente, nem sempre é fácil lembrar de todos os itens que uma casa precisa, principalmente se a sua cabeça também está ocupada com trabalho, filhos, família e outros afazeres domésticos. A boa notícia é que esse é um problema comum que finalmente parece ter solução: são os ‘mini-markets’ ou ‘honest-markets’, mercados que ficam dentro de condomínios e são abastecidos com todos os itens básicos que os moradores podem precisar de última hora, desde de fraldas, até molho de tomate, por exemplo.
O Inova Machines foi idealizado por Jefferson Reis, filho de Edgar e Jacira, em 2019, quando ele resolveu adaptar aquelas clássicas maquinas que vendem refrigerante e snacks para algo maior e mais completo. A ideia foi toda voltada para facilitar a rotina das famílias que moram em condomínios e dependem de pegar o carro para comprar alguma coisa, por exemplo. “Normalmente esse morador teria que sair, pegar filas e enfrentar a insegurança das ruas. Com o mini mercado todos ganham tempo, conforto, comodidade, segurança e praticidade nas compras do dia a dia”, explica o proprietário e idealizador.
Além disso, a lista de produtos disponíveis é totalmente personalizável. O que quer dizer que as prateleiras no mini-market são ocupadas por aquilo que os moradores de cada condomínio sugerem. “Os consumidores participam ativamente com pedidos de produtos e marcas. Nosso mix de itens tem mudanças constantes para atender as expectativas de nossos clientes e assim, personalizar a linha de produtos para cada perfil de condomínio”, diz Jefferson.
Como o modelo trabalha com baixo custo para os moradores, não há atendentes ou funcionários. Assim, o pagamento fica sob a responsabilidade de cada um. “Nosso modelo de negócio é baseado na honestidade dos moradores. Basta ir até nosso mercado, escanear os códigos de barras dos produtos que quiser e pagar com cartão ou por aproximação. É simples: pegue, pague e leve”, explica o idealizador.
O ‘honest-market’, como é chamado esse tipo de negócio, ainda não e comum no Brasil, mas, segundo o empresário, não há motivo para ficar com o pé atrás. “Historicamente tivemos vários casos de corrupção, talvez por isso, algumas pessoas são descrentes com relação a postura e comportamento dos brasileiros. Aqui preferimos apostar que a maioria dos brasileiros são sim honestos e pessoas de bem”, diz ele.
A ideia nasceu sendo familiar, a partir de uma necessidade que percebeu dentro da própria casa, confirma Jefferson. E continua: “Inclusive, costumo brincar com minha mãe dizendo que ela adora ir ao mercado, porque sempre acaba esquecendo algo e precisa voltar”. Observando que era uma comodidade que faltava até na própria casa, e colocar o plano em prática foi ‘natural’. “Se você tem um mini mercado dentro do seu condomínio, voltar até ele e não pegar filas, não é tão ruim assim, né? Hoje notamos que fazer compras se tornou uma tarefa familiar e educacional, vemos os pais ensinando seus filhos a comprarem e pagarem”, finaliza ele.
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