Publicado em 13/04/2018, às 09h03 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo
As reuniões familiares constroem laços e reforçam raízes. São um encontro entre a geração mais velha e a que está crescendo. Feche os olhos e visualize: avós, tios, pais e filhos reunidos para uma celebração, mesa repleta das comidas que cada um combinou de fazer… não parece mágico? E é! A magia acontece quando trocamos experiências entre os familiares, e isso ajuda muito na construção da identidade de cada um.
Nesse momento há uma constatação de que gerações tão diferentes podem conviver, mesmo tendo valores diferentes. É muito importante que a criança participe desses rituais, eles auxiliam no processo de construção da sua identidade. A família que conserva tradições, como se reunir aos finais de semana está construindo uma raiz muito forte.Esses encontros servem de combustível para que o grupo supere as adversidades da vida de maneira saudável.
A prática vai muito além de só criar boas memórias. Existe a falsa ideia de que família saudável não tem conflitos e isso não é verdade. Para ser saudável é preciso enfrentar esses conflitos! Quem se dispõe a resolver os problemas, supera os obstáculos de maneira saudável, enfrenta os problemas e cria vínculos verdadeiros.
A ceia familiar também pode ser uma oportunidade de refazer laços rompidos. Do planejamento do dia, começam a surgir questões que vão precisar ser resolvidas entre todos. Combina-se quem vai levar o quê, onde vai ser, quem convida… É também uma ótima uma oportunidade de relembrar histórias. Sempre rola um: “Lembra o dia em que o tio teve coragem de pegar aquele sapo com as próprias mãos?”, “E quando a vovó fazia aquele bolinho de chuva toda vez que chovia?”, “Lembra quando nosso primo caiu do cavalo na fazendinha?”, as memórias são resgatadas, e o mais gostoso: todo mundo lembra sobre algo compartilhado e que está guardado no coração de quem a gente ama. Tão importante quanto relembrar é saber que outras pessoas têm tanto carinho por aquela memória quanto você.
O maior presente que a criança recebe durante essas reuniões é a história da família. Seu filho precisa entender que pertence a um grupo. Ao frequentar reuniões familiares, ele ganha raiz e identidade. Desde a Pré-História o homem se reúne. Viver em grupo é uma forma de sobreviver em meio à natureza hostil. E laços familiares pacificam instintos potencialmente agressivos e criam vínculos entre as pessoas.
Quando você senta à mesa em família não só troca experiências, mas também desenvolve a afetividade. Essa prática auxilia na construção do diálogo, interação e empatia familiar.
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