Publicado em 08/02/2024, às 14h55 por Ketlyn Ribeiro, Estagiária | Filha de Leandra e Vagne
Nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou a primeira morte causada por dengue na capital neste ano. No entanto, o total de vítimas da doença no estado, apenas este ano, já chega a seis.
Os registros de vítimas da dengue aconteceram nas cidades de: Pindamonhangaba (2 casos); Bauru (1 caso); Bebedouro (1 caso); Guarulhos (1 caso); e São Paulo (1 caso). Ao todo, o estado já tem mais de 34 mil casos de dengue confirmados. Além disso, 31 mil casos estão sob análise, de acordo com informações do painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde.
Com o avanço no número de casos, o governo lançou o Centro de Operações de Emergências para combater a epidemia. Vale frisar que, em relação ao mesmo período de 2023, os casos da doença aumentaram em pelo menos 60%. No Brasil inteiro, o aumento foi de 291%.
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, responsável por disseminar a febre amarela. A doença pode aparecer de forma benigna ou grave, dependendo de inúmeros fatores, desde uma infecção anterior pelo vírus, até fatores individuais como boa saúde ou doenças crônicas como diabetes e asma.
A doença pode ser evitada de algumas formas, como:
Informações do Ministério da Saúde.
A vacinaque se chama Qdenga, produto desenvolvido pela Companhia Farmacêutica Takeda, será aplicada em duas doses com intervalo de três meses e tem eficácia geral de 80,2%. Nos estudos, que incluíram mais de 28 mil crianças e adultos, foi possível verificar uma eficácia em mais de 90,4% das hospitalizações 18 meses depois. O imunizante tem como diferencial a abrangência mais ampla ao público – pessoas de 4 a 60 anos de idade poderão tomá-lo.
Esse é o segundo imunizante que combate a dengue aprovado no Brasil. Antes, em 2015, a Sanofi chegou com uma vacina, ministrada em três doses, mas apenas quem já teve a doença poderia tomar, e o público era mais restrito: a faixa etária ia de 9 a 45 anos.
Apesar de parecer mais promissora, é natural que as famílias tenham dúvidas sobre como a Qdenga pode beneficiar adultos e crianças contra a doença. Pensando nisso, a Pais&Filhos conversou com a Dra. Vivian Lee, diretora médica da Companhia Farmacêutica Takeda Brasil, que atua diretamente com o imunizante para esclarecer tudo o que você precisa saber sobre a nova vacina da dengue.
De acordo com a Dra. Vivian, a vacina foi feita com vírus vivo enfraquecido. “A nossa vacina é toda formada pelo vírus da dengue. Ela é composta de versões atenuadas (vírus vivos enfraquecidos) dos quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença”.
A médica explica que a vacina expõe o organismo aos 4 sorotipos de vírus e induz uma resposta imunológica muito ampla. “O organismo produz anticorpos e imunidade por células, que vai resultar na redução no número de casos sintomáticos e principalmente a redução de hospitalizações”, pontua.
Tanto pessoas que já tiveram a doença, quanto quem não teve podem tomar a vacina – desde que estejam dentro da faixa etária estabelecida (4 a 60 anos).
Não há necessidade de se fazer nenhum exame ou teste sanguíneo prévio a tomada da vacina, além de que, segundo a profissional da saúde, a doençapode deter qualquer pessoa, independente da idade, sexo ou da condição socioeconômica.
Segundo Vivian, não há um diferencial de ação entre os dois grupos, uma vez que a vacina foi testa primeiro em crianças e depois passou a ser investigada em adultos. “Primeiramente, o estudo foi realizado em mais de 20 mil crianças e adolescentesde 4 a 16 anos. Em paralelo, se avaliou também se a vacina gera imunidade em adultos. Então, os estudos demonstraram de 1 ano e meio a 60 anos que a eficácia é similar”.
Tanto crianças, quanto adultos tem sintomas e eficácias iguais (Foto: Pexels)
Assim como muitas vacinas, a da dengue pode causar alguns efeitos colaterais. Dor no local da injeção, vermelhidão, mal estar, fraqueza, febre, infecções de vias aéreas superiores, diminuição do apetite, irritabilidade, dor de cabeça, sonolência e dor no corpo, são sintomas comuns (contraindicados na bula) causados após tomar o imunizante. Os efeitos podem ocorrer em adultos e crianças.
Vivian, que também é pediatra, afirma que no estudo principal, conhecido como TIDES (Estudo de Eficácia da Imunização Tretavalente com a Dengue), foram envolvidas mais de 20 mil crianças e adolescentes de 4 a 16 anos, o que demonstrou uma maior eficácia nessa faixa etária.
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