Publicado em 05/05/2022, às 10h00 - Atualizado em 06/05/2022, às 13h22 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
E se a gente te dissesse que a maternidade pode alavancar a carreira de uma mulher? Além disso: que, depois de ter filhos, as mulheres ainda se sentem “mais prontas” para abrir o próprio negócio? Pois é! Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora, 75% das mulheres decidiram ter o próprio negócio após a maternidade. No estudo, 55% das participantes que toparam responder as perguntas eram mães.
E exemplos de mulheres que decidiram arregaçar as mangas e começar um negócio do zero depois de ter filhos não faltam! Esse é o caso da carioca Paula Cunha, mãe de Matheus, de 3 anos e Helena, de 1 ano, que criou a healthtech especializada em refeições para a primeira infância, Jornada Mima. A ideia do negócio veio pela necessidade de ter um horário mais flexível para conseguir acompanhar a rotina dos filhos.
No caso dela, outro ponto que incentivou a abertura do negócio foi enxergar uma oportunidade para o segmento que fosse uma solução alimentar para as mães modernas que enfrentam a dupla jornada: encontrar refeições saudáveis e práticas para os bebês. “Eu sempre trabalhei com inovação e quando me vi mãe de dois pequenos e vivendo na correria de conciliar casa e maternidade com o trabalho, eu identifiquei uma dificuldade em proporcionar uma alimentação saudável para meus filhos. Empreender foi uma oportunidade de conciliar vida profissional e maternidade, dentro de uma área que eu sempre trabalhei, que é a inovação. Assim eu consegui aplicar os conhecimentos do mundo da tecnologia, dentro do universo dos problemas maternos. E ainda ter um horário flexível para conseguir acompanhar a rotina dos meus filhos”, conta.
Já para a Dra. Ana Jannuzzi, a maternidade foi o pontapé inicial para que ela empreendesse no ramo de Educação em Saúde. Ela, que foi mãe pela segunda vez enquanto estava no período de residência, após se formar em Medicina, hoje é uma referência no segmento de educação à distância sobre saúde materno-infantil para mães e pais, com mais de 15 mil famílias atendidas em seu Curso Sono e Rotina do bebê. “O que costumo dizer é que, quando nasce uma mãe, nasce uma vontade de empreender. Tive minha primeira filha ainda na faculdade. A segunda filha nasceu em outro momento, e não havia espaço para ser mãe e dar conta de uma jornada de, no mínimo, 60 horas semanais. Foi aí que decidi seguir a jornada de Educação dentro da Medicina, uma vez que prevenir é sempre melhor do que remediar. Me descobri uma pessoa capaz de educar e ensinar mães, mulheres e famílias sobre saúde materno-infantil. Então vieram os cursos sobre sono e outros temas como gestação, parto e puerpério, alimentação descomplicada e amamentação”, conta médica, mãe e empreendedora.
Beleza, os horários podem ser mais flexíveis, mas a responsabilidade de ter um negócio também pesa na balança! É importante não romantizar o empreendedorismo como uma solução para os problemas depois da chegada dos filhos. No caso das duas, por exemplo, elas deixam claro que a maternidade combinada com o empreendedorismo demandam mais na vida prática do que na teoria. “Dentro dessa minha jornada como empreendedora, o que posso pontuar é que organização é fundamental. Quem tem crianças pequenas tem que ordenar várias frentes: alimentação, demandas do dia, escola, entre outros. Os momentos que trabalhamos em geral, são os períodos que eles dormem. Mas, o que oriento as minhas alunas é gerenciar o tempo, e no momento que os filhos estão acordados, dedicar-se as tarefas que envolvam a família. Além disso, se as mães têm uma rede de apoio, é essencial delegar tarefas”, pontua a Dra. Ana Jannuzzi.
Para Paula Cunha, a flexibilidade de horário tem os prós e contras. “Meu maior problema profissional antes de ter a minha empresa era que, quando os meus filhos estavam acordados, eu estava trabalhando, e quando eu ficava disponível, eles já estavam dormindo. O empreendedorismo me oferece essa flexibilidade, onde no meio da tarde qualquer, eu posso fazer um intervalo para brincar um pouco com eles ou até tirar uma sexta-feira de folga para levá-los ao parque. Contudo, a demanda de trabalho aumenta quando estamos à frente de um negócio. Então é óbvio que esses intervalos só atrasam o horário que irei fazer determinada demanda. O que acontece é que acabo tendo uma jornada maior de trabalho, indo até umas 21h para conseguir dar conta das horas livres que tirei para estar com os meus filhos. Sem falar no psicológico, né? A cabeça de uma empreendedora está ligada 100% do tempo no seu 2° ou 3° filho, o negócio”, alerta a empreendedora.
A verdade é que não é fácil, mas é preciso! Para ajudar as mães que buscam empreender, hoje, existem uma série de projetos voltados a esse público, como Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que tem cursos para capacitar essas mães e conectá-las com outras empresárias, fornecedores e clientes.
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