Publicado em 30/11/2023, às 17h42 por João Vitor Marliére, Estagiário | Filho de Greice e Marcelo
Os membros da família real britânica se envolveram em uma nova polêmica nesta semana. O jornalista Piers Morgan, revelou os possíveis nomes dentro da realeza envolvidos em um caso de racismo contra Archie, de 4 anos, filho do príncipe Harry e da atriz Megan Markle.
As declarações sobre o caso de racismo teriam começado após a publicação do livro Endgame: Inside The Royal Family and the monarchy's fight for survival (Fim de jogo: Por dentro da família real e da luta da monarquia pela sobrevivência, em tradução livre), de Omid Scobie. Porém, o autor sempre negou que tenha publicado os nomes na versão original inglesa.
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Morgan teria afirmado em seu programa que o nome dos dois membros da família que teriam demonstrado certa “preocupação” com o tom de pele da criança seria o de Kate Middleton, que é esposa do príncipe William, e o do rei, Charles III.
A informação estaria na versão holandesa, que foi retirada das livrarias após um suposto “erro de tradução”. Porém, não há confirmação de que realmente haja a divulgação dos nomes em um possível rascunho e nem de que eles teriam sido vazados.
“Todos nós somos preconceituosos”. É com essa reflexão que Paula Batista, jornalista e madrasta de Iara Flor e Sofia Lua, inicia a nossa conversa sobre racismo. Para ela, se trata de uma questão estrutural e cabe a cada um perceber esses comportamentos e começar a mudar de postura. O racismo nunca desapareceu e situações como o caso George Floyd reforçam essa questão. A especialista destaca a importância de falar sobre o assunto, trazer informações e, principalmente, educar as pessoas para que esses comportamentos, de fato, mudem. Mas para a mudança acontecer, ela precisa começar agora e desde as gerações mais novas.
Hoje, Paula entende que nós temos uma “representação negra”, não “representatividade”. O primeiro trata de colocar o indivíduo em pauta, mas o segundo é dar a voz e espaço para que compartilhe experiências e seja protagonista. É preciso falar. Falar na mídia, mas principalmente fora dela, nas ruas e dentro de casa. Esse período de isolamento social e maior convívio é uma oportunidade para debater o assunto em família. “Comece fazendo seu filho enxergar as pessoas negras”, orienta. É necessária a participação de todos nesse movimento.
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