Família

Mariana Kupfer abre a casa e o coração e fala sobre as dores e os amores da maternidade independente

Thalita Castanha
Thalita Castanha

Publicado em 19/10/2019, às 05h51 por Marina Paschoal, filha de Selma e Antonio Jorge


(Foto: Thalita Castanha)

Eu não sabia o que eu ia ser da vida, mas eu tinha certeza de que seria mãe”. Foi com essa frase que o nosso papo com Mariana Kupfer começou. Desde muito pequena, ainda nas brincadeiras de boneca e com as amigas, ela fazia questão de assumir o posto de mãe, o que já apontava o grande sonho dela: a maternidade. Durante muitos anos Mari acreditava que se casaria e teria filhos, mas com a perda precoce do pai, Luiz, quando ela tinha 18 anos, a vida deu uma reviravolta.

Passado o período de luto, ela se dedicou aos estudose à vida profissional, que decolou. “Eu não achava mais que ter alguém era necessário, e a vida foi passando”, ela conta. Mas a vontade de ter o próprio filho foi ficando cada vez mais forte. Em uma consulta de rotina com o ginecologista, Mariana, aos 30 anos, jogou a real e disse que queria ser mãe. Sozinha mesmo, de maneira independente. Foi assim que ela conheceu o universo da reprodução assistida e se encontrou.

Passado o período de exames, injeções hormonais, coleta e implantação do embrião, Mari engravidou de primeira. “Eu acho que independente do modelo familiar, para ter filho você tem que estar a fim. E eu estava muito a fim mesmo, segui à risca o protocolo, com muita disciplina”, conta.

A gestaçãonão foi tão calma como o previsto, já que ela teve hiperêmese gravídica, o que causa muitos enjoos e vômitos. Mas graças à presença de Vilma, cuidadora da família há mais de 20 anos, e ao apoio da irmã do meio e melhor amiga, Karen, ficou mais fácil passar por essa fase. “Karen esteve comigo desde a primeira consulta. Foi em quase todas as etapas do tratamento e estava ao meu lado na hora do parto”, lembra com carinho.

Victoria nasceu, e Mariana renasceu, conhecendo o sentimento que preenche a alma de qualquer mulher. “Depois que tive a Vicky, sempre me pergunto por que não fiz isso antes. Eu era um ser humano antes dela, e hoje eu sou infinitamente melhor. Ser mãe é a maior delícia que existe!”.

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Mariana é comunicadora e escritora, por isso, dentro de casa os livros estão por toda parte, até mesmo na decoração (Foto: Thalita Castanha)

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Foto: Thalita Castanha

Dois em um

E, como diz o ditado, é preciso uma aldeia para criar uma criança – e não teria como ser diferente na maternidade independente. Apesar de ter o auxílio de Vilma durante os primeiros anos de Vicky, e a presença dos familiares e pais de amigas – que viraram amigos pessoais e rede de apoio –, é na hora de tomar alguma decisão importante que ela sente a maior dificuldade dessa jornada. 

“Eu estou num papel de equilibrar as coisas. Sou a mãe flexível, que de vez em quando deixa fazer algumas coisas, mas a mesma que impõe limites e diz ‘não’. A maternidade independente é isso, eu estou constantemente fazendo malabares”, brinca. 

E o resultado de todo esforço da mãe é uma menina de 9 anos que distribui simpatia por onde passa, é educada e se esforça para ser boa aluna. “Procuro ensiná-la sobre ser generosa e altruísta, se colocar no lugar do outro em todos os momentos e sentidos. Explico que ela é uma criança privilegiada e que enquanto ela não tem obrigações, ela deve estudar e ser muito educada com as pessoas”, ela deixa claro.

Na prática, Vicky tem tardes bem ocupadas com aulasque ela mesma escolhe e adora, como ballet, circo, judô, e suas preferidas: futebol e culinária. Para o próximo semestre, ela está de olho na eletiva de natureza, com aula de reciclagem e tudo!

Vicky adora atividades feitas à mão e o slime é uma das suas preferidas 

Vicky, filha de Mariana Kupfer (Foto: Thalita Castanha)

Esta da foto é Mia, uma das mascotes da casa, o outro xodó é o Big

Mia, mascote da casa (Foto: Thalita Castanha)
Foto: Thalita Castanha

Cada canto do quarto da menina foi pensado nos mínimos detalhes

Foto: Thalita Castanha

Desde a estante e os nichos para expor os livros e pelúcias preferidos, que também tomam espaço da cama

Foto: Thalita Castanha
Foto: Thalita Castanha

Até a mesa de estudos, que tem todos os cadernos, canetas e ferramentas que ela precisa

Foto: Thalita Castanha

Fotos das duas juntas ficam expostas por todo o cômodo, mas a preferida é essa, em que ela era recém-nascida 

Foto: Thalita Castanha

Mais uma foto e lembrança especial da viagem à Disney, dessa vez na geladeira

Foto: Thalita Castanha

A foto do pai de Mari e avô de Vicky, Luiz, relembra o carinho que elas têm por ele

Foto: Thalita Castanha

A menina adora colocar a mão na massa e prova isso nas aulas de culinária, cozinhando em casa e até personalizando a casinha dos bichos de estimação

Foto: Thalita Castanha
Foto: Thalita Castanha

O exemplo é tudo

Mas, mais do que falar, o que realmente ensina é o exemplo, a prática. Por isso, Mariana não se importa que Vicky participe de conversas de adultos e saiba que ela está triste ou muito brava, por exemplo. E isso mostra à menina que esses sentimentossão normais, fazem parte da vida de todos e que precisamos saber lidar com eles. “Ela é uma criança que está se saindo muito bem e eu fico orgulhosa disso, vejo que estou fazendo um bom trabalho – que é diário e contínuo, e que não pode parar!”. 

Vegetariana há anos, a mãe pode até ter influenciado de maneira indireta na opção também escolhida pela filha há pouco mais de um ano. “Eu nunca impus nada, ela decidiu por conta própria, porque tem pena dos animais. Ela é superativista dos bichos, quer resgatar os cachorros de rua e tudo”, conta. Vicky começou diminuindo o consumo de frango e carne, até que um dia resolveu parar de vez, foi bem natural, segundo a mãe.

Meu propósito na vida

A troca de olhares entre mãe e filha e a conexão entre elas é lindo de se ver. Para Mari, o sentimento é de que esse é um reencontro de outras vidas. “Nós temos uma coisa muito forte uma com a outra. Tenho certeza de que ela me escolheu, que ela quis vir para esse modelo familiar. E a recompensa de termos nos escolhido é maravilhosa!”, conta, emocionada. 

Sempre ligada à comunicação, Mariana já havia trabalhado como atriz, apresentadora e repórter. Mas foi como mãe que descobriu sua verdadeira missão de vida. “Hoje eu me comunico através da maternidade, e foi a Vicky que me deu esse sinal, esse propósito na vida que é trabalhar com a maternidade e tocar o coração das pessoas, e não tem coisa melhor!”. Prova disso é o sucesso que o livro dela, o “Eu, mãe e pai”, tem feito pelo país.

Mariana Kupfer e sua filha, Vicky (Foto: Thalita Castanha)

Mãe também é gente

Se reencontrar como mulher depois da maternidade já é um desafio para qualquer uma, mas, para quem encara essa missão sozinha, na cara e na coragem, pode ser um pouco mais difícil. “Durante muito tempo eu fui só mãe, tinha esquecido que eu também era mulher”, ela lembra. O que realmente trouxe o clique à Mari foi justamente começar a falar sobre maternidade – mas de maneira profissional, no canal do Youtube Amar – Maternidade e Amor. “Quando comecei a apresentar o programa, redescobri meu lado mulher e profissional. Ele estava escondido, demorei para achá-lo, mas ele veio!”, ela se diverte. 

Maior amor do mundo

Depois de um dia cheio de atividades, tanto da mãe, quanto da filha, elas têm o momento de intimidade, logo antes de dormir. É quando elas colocam o papo em dia, conversam sobre as vivências, trocam carinhos e se conectam. “É uma hora muito especial pra gente, é o nosso momento mesmo”. E é conforme os anos vão passando e Vicky crescendo que Mari tem mais certeza da melhor decisão da vida, a de se tornar mãe. “Hoje entendo que além de ser minha metade, minha melhor parte, a Vicky é minha melhor amiga, minha alma gêmea”, ela finaliza.

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