Publicado em 18/05/2022, às 08h22 - Atualizado em 09/11/2022, às 15h00 por Redação Pais&Filhos
O número de bebês e crianças que aguardavam vagas em UTI’s (Unidades de Terapia Intensiva), durante esta terça-feira, 17 de maio, chegou a 91, em Pernambuco. Segundo reportagem do G1, a lista com a numeração foi enviada pelo governo ao Ministério Público (MPPE). Ao todo, apontou que 11 bebês e 80 crianças estavam na fila de espera. Desse valor total, 62 precisavam de leitos para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).
Dentre esses bebês e crianças, está a Aylla, de apenas nove meses de vida. A bebê recebeu ficha vermelha na emergência de uma unidade de Peixinhos, em Olinda. Mesmo com pneumonia e quadro médico considerado grave, a Aylla passou dois dias esperando por um leito de UTI, até ser transferida no último domingo, 15 de maio, ao Hospital Barão de Lucena, no Recife. No dia seguinte, a menina foi direcionada à Maternidade Brites de Albuquerque, em Olinda.
Ao vivenciar a situação tensa de saúde da filha, em paralelo a dificuldade de atendimento médico, a Yngrid Conceição, de 24 anos, usou as redes sociais para desabafar sobre o acontecido com a Aylla. “A gente está em estado de calamidade. Como é que não tem um leito de hospital? Vocês não sabem como é angustiante ver a sua filha em tal situação e sem conseguir fazer nada”, disse a mãe de Aylla.
Via telefonema, a mãe contou ao G1que a bebê está intubada, na UTI Neonatal da maternidade. “Está um caos total. A demanda é muito grande. Minha filha estava na senha vermelha e demorou três dias para chegar onde está hoje. E isso fez com que o quadro se agravasse”, afirmou.
Segundo informações emitidas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a espera por atendimento sobrou na última semana. Em 8 de maio, eram 40 solicitações para leitos de UTI, sendo para 36 crianças e 4 adultos. Já no último domingo, 15 de maio, chegou a 73 o número de solicitações, sendo 70 para crianças e 3 para adultos.
Uma médica que trabalha em seis unidade pública de saúde do Recife e Região Metropolitana, relatou também ao portal jornalístico, que a situação é gravíssima e que chegou a ver o oxigênio se retirado de uma criança menos grave para socorrer uma que teve uma crise convulsiva. Com receio de sofrer represália, a funcionária optou em não ser identificada. Mas, afirmou que bebês e crianças chegam a passar cerca de quatro dias esperando por uma vaga em leito de UTI. Aos pacientes que encontram-se com um quadro grave de saúde, a demora, algumas vezes, é fatal.
“A situação é caótica. As crianças estão morrendo. No meu plantão, tinha uma bebê de dois meses que esperou quatro dias. No quarto, a gente conseguiu transferir, finalmente. Ela chegou ao Barão de Lucena, foi intubada e no dia seguinte faleceu”, falou.
Ainda de acordo com a médica, há relatos de ao menos três óbitos em 15 dias. Além da de bebê de 2 meses, ela foi informada da morte de outros bebês de sete e de nove meses. “Se a gente tem o Barão de Lucena e Imip [Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira] funcionando, com vaga, a gente tem outras possibilidades antes de tentar intubar. E a gente não está tendo isso”, afirmou.
“ó atende quem chegar grave. Febre, coceira no corpo, diarreia, não atende. E a gente está tendo uma série de problemas com famílias, que não entendem que não existem vagas, ficam revoltadas”, complementou.
A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde da Capital disse, por meio de nota à imprensa, que acompanha cotidianamente a listagem da ocupação de UTI e que, por conta do aumento da fila de espera, instaurou uma notícia na última segunda-feira, 16 de maio. Nessa mesma data, foi remetido ofício ao Secretário Estadual de Saúde, André Longo, para que fossem apresentadas, no prazo de 72 horas, “as razões para o expressivo aumento da fila de espera por leito de UTI infantil com Srag na rede estadual de saúde, nas últimas semanas, bem como as providências adotadas para a solução do problema”.
Também por nota à imprensa, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que Pernambuco vive atualmente seu período de sazonalidade das doenças respiratórias, que, de maneira histórica, há uma maior ocorrência. A SES-PE reconheceu o grande fluxo de atendimentos pediátricos e afirmou que ocorre em toda a rede hospitalar, sendo elas pública e privada.
Por fim, o governo disse que vem, trabalhando para ampliar a rede e atende o público de “forma descentralizada e regionalizada”.
Família
Amanda Kimberlly posta novo vídeo com terceira filha de Neymar: “As caretinhas”
Família
Filha de Leonardo explica motivo de não ir ao aniversário do pai: “Bloqueando alguns inconvenientes”
Família
Mãe de Neymar apaga foto com Davi Lucca depois de polêmica com Mavie e Bruna Biancardi
Família
Jade Magalhães dá detalhes de chá revelação do primeiro filho com Luan Santana
Família
Marido de Ivete Sangalo diz que criou a escola que as filhas estudam por motivo curioso
Família
Conheça Jade Magalhães: Modelo e influenciadora passou 4 anos separada de Luan Santana
Família
João Guilherme explica por que não foi ao aniversário de 61 anos do pai
Família
Filho de Ana Hickmann opina sobre casamento da mãe com Edu Guedes e resposta surpreende