Família

Loja própria é orgulho de mulher: “Segurou as pontas quando me tornei mãe solo e desempregada”

reprodução/Arquivo Pessoal

Publicado em 14/06/2019, às 08h42 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h27 por Yulia Serra


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A Mãe Nena Sling só foi criada pela parceria de mães (Foto: reprodução/Arquivo Pessoal)

O apoio entre mães é muito bacana em uma fase tão nova e cheia de descobertas. Foi graças a essa corrente que a Thais Helena Coelho pôde se reinventar e partir para o empreendedorismo. Conheça a Mãe Nena Sling:

“Quando engravidei, no final de 2014, trabalhava de carteira assinada já há alguns anos em uma empresa. Alguns meses depois de retornar da licença-maternidade, fui dispensada. Antes disso acontecer, eu já estava iniciando o projeto da minha loja no Instagram, a Mãe Nena.

Começou quando eu me descobri grávida e fui procurar por um produto específico, que eu não sabia nem como se chamava, só sabia que era um tecido para carregar o bebê que havia visto uns 10 anos atrás por uma mulher e achei interessante.

Descobri o que era e também que não tinha na minha cidade. Ganhei um da minha irmã e vi que existiam vários outros modelos. Comecei a comprar para mim, e então outras pessoas da minha família começaram a se interessar. Passei a fazer viagens e vender para eles.

Depois dos parentes, amigos começaram a se interessar e assim foi seguindo, vendendo de boca em boca, tentando usar o Instagram como ferramenta até o dia da demissão e do entendimento de que ‘agora vai ter que ser pra valer’.

Afinal, a única forma de eu realmente poder procurar um trabalho de carteira assinada seria com um salário excelente que pagasse alguém pra passar o dia inteiro com meu filho e ainda sobrasse algo pras demais despesas. Impossível para alguém que havia trancado a faculdade, porque não conseguia passar o dia todo fora de casa.

Comecei a pesquisar os tipos de tecido ideal para o nosso clima, aprender amarrações ideais, fazer alguns vídeos, comprei até uma máquina de costura para tentar diminuir esse custo da produção, mas não conseguia conciliar o tempo de aprender a costurar com o tempo que meu filho dormia.

Tentava agendar as entregas sempre para depois da soneca dele ou quando eu pudesse levar alguém comigo ou quando o pai pudesse ficar com ele, pois eu precisava levar o produto pessoalmente e ensinar o passo a passo para garantir que tudo estaria sendo feito corretamente.

Pensei em desistir, porque ele não estava se divertindo com isso e o que era pra ser algo que me mantivesse em casa e com mais tempo para ele estava virando o oposto. No fim do dia, só tinha eu cansada e sem tempo.

Até que conheci mais 5 outras mães com projetos também muito legais. Nos unimos e formamos um Coletivo de Mães Empreendedoras assim, poderíamos colocar nossos produtos em espaços físicos com um valor que fosse justo para todas.

A história da loja não teria continuidade se não fosse o apoio dessas outras mães. Participamos de feiras, eventos pequenos e grandes. Ficamos um tempo num local que havia na nossa cidade que era totalmente voltado ao empreendedorismo materno e me abriu muitas portas.

Fomos colhendo frutos das boas parcerias que fizemos ao longo da caminhada. Migramos para uma casa de Brincar, mas sentíamos necessidade de algo que pudéssemos chamar de nosso e foi quando demos o próximo passo.

Vendi meu carro e abrimos nossa loja física, que hoje, com muito esforço de várias mães, abre de segunda a sábado. Já recebemos propostas de shopping, mas seria inviável para gente, porque não somos donas do nosso tempo.

Precisei mudar de cidade e mesmo assim mantive a Mãe Nena Sling, algo que é possível devido à existência do espaço Colaborativo e do apoio de uma outra amiga mãe, que cuida do que precisa ser resolvido pessoalmente.

Continuamos a fazer as entregas, mas, dessa vez, agendada e com motoboy. A assessoria é feita online, nos mantemos disponíveis para ajudar e tirar as dúvidas por tempo indeterminado e temos um feedback positivo das clientes.

A loja é tudo que tenho para mim e foi o que pode segurar as pontas quando me tornei mãe solo, sem emprego e contando apenas com o dinheiro que entrava para pagar aluguel. Não posso jamais abrir mão e deixar ela acabar.”

Tem uma história parecida? É mãe e empreendedora? Conte para nós via direct do Instagram (@paisefilhosoficial) e participe do projeto Nascer de Novo. O seu negócio pode ser tema da próxima matéria.

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Palavras-chave
Brascol Nascer de Novo

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