Publicado em 07/07/2023, às 10h22 - Atualizado às 14h16 por Victoria Raissa, filha de Ângela e Clóvis
A atriz e apresentadora Thaila Ayala fez um desabafo na última quinta-feira, 6 de julho, sobre como estão sendo os primeiros meses com a segunda filha, Tereza, fruto de seu casamento com Renato Góes. A bebê nasceu com uma cardiopatia congênita e precisou passar por uma cirurgia.
Tereza foi diagnosticada ainda na barriga com Comunicação Interventricular (CIV), condição essa que dificulta a alimentação adequada e o fluxo sanguíneo do coração. Segundo Thaila, a bebê apresentou dificuldade para ganhar peso e aumento em um dos lados do coração, que primeiramente foi tratado com auxílio de medicamentos visando retardar a cirurgia. Na consulta de dois meses da menina, foi constatado que ela precisaria de uma cirurgia de emergência.
É a doença do coração que está presente desde o nascimento. Ou seja, não é uma enfermidade adquirida, ela se desenvolve junto com a formação do coração na vida intrauterina. A cardiopatia congênita é responsável pelas malformações mais frequentes no ser humano. É estimado que cerca de 1% dos recém-nascidos vivos sejam portadores dessa condição.
Cerca de 30% das cardiopatias congênitas não irão trazer consequências para a saúde das crianças e adolescentes, sem precisar de nenhum tratamento ao longo da vida. Ainda assim, é muito importante que a família tenha consciência sobre a condição e consulte sempre um médico especialista.
Segundo o Dr. José Cícero Stocco Guilhen, especialista em cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Santa Joana, explica que a cardiopatia congênita é uma condição que se desenvolve no bebê ainda durante a gestação. Ela pode apresentar sintomas variados, a depender da gravidade de cada caso, os mais comuns são:
Geralmente, nem todas as cardiopatias congênitas possuem causas bem definidas. “No entanto, hoje sabemos que a maioria se deve a alterações genéticas que ocorrem esporadicamente durante a formação do coração do feto na vida intrauterina”, comenta o médico.
Além disso, é possível correlacionar as cardiopatias congênitas à doenças crônicas ligadas a mãe, como a diabetes, que pode aumentar o risco de desenvolvimento dessa enfermidade no bebê, segundo o especialista. “Algumas doenças podem estar relacionadas ao uso de medicações, por exemplo, o uso de Lítio, que está associado ao desenvolvimento de doença de Ebstein na válvula tricúspide. Outra situação mais comum é a associação da cardiopatia congênita com alguma cromossomopatia, por exemplo, a Trissomia do 21 (Síndrome de Down) que está bastante relacionada à presença de doença no coração do bebê, assim como a Síndrome de Turner e a Síndrome de Edward, entre outras”.
Segundo a Dra. Beatriz Furlanetto, do Hospital Sabará, a Comunicação Interventricular consiste em uma abertura na parede que separa o ventrículo direito e esquerdo do coração, e por conta disso ocasiona uma sobrecarga no sangue que vai para os pulmões. O tratamento cirúrgico é considerado na maioria dos casos, mas a idade em que é realizado pode variar de acordo com as necessidades de cada paciente.
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