Empresa cria brinquedo personalizado para menino que se sentia excluído: “Nos inspiram”

Niki Coffman, de 38 anos, enviou uma carta para uma fábrica de brinquedos fazendo um pedido especial para ajudar o filho, Archer, de 5 anos, a ganhar um brinquedo que se parecesse com ele. A família é de Mississipi, nos Estados Unidos e juntos se tornaram ativistas para o combate a discriminação.

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Niki e o marido, Andrew, adotaram o filho quando ele ainda era pequeno depois de inúmeras tentativas de engravidar por vias naturais. Eles contam que a relação com a mãe biológica de Archer, a quem eles se referem como ‘primeira mãe’, é de muita proximidade.

“Ela não estava em uma boa situação e não tinha muito apoio, mas é uma mãe incrível. Existem poucos momentos tão devastadores para mim na minha vida quanto o momento em que ela o colocou em nossos braços. Era tão claro o que estava custando a ela para que nossos sonhos se tornassem realidade”, conta Niki sobre o momento da adoção ao Today. 

Archer é um menino negro de cabelos ruivos, e entre as inúmeras idas a lojas de brinquedos, nunca encontrou algum que se parecesse com ele, realidade que ele presenciava até mesmo dentro da escola, onde estudam alunos predominantemente brancos.

Niki fala sobre a responsabilidade dela e de seu esposo, ambos brancos, em adotar o menino negro e entender a sua realidade. “E é uma responsabilidade enorme e complicada quando você é um pai branco adotando uma criança de outra raça. Sabíamos disso e eu sabia o quanto seria importante para nós garantir que ele pudesse se ver”, comentou ela em relação a busca por brinquedos que representasse o filho.

Em dos aniversários de Archer, os pais pediram aos convidados que os presentes fossem brinquedos, livros e outros materiais com temáticas diversas e inclusivas para serem doados para a escola em que o filho estuda. A iniciativa foi um sucesso e vários brinquedos com tons de pele, cabelo, aparência física diversos da Little People – Fisher Price foram enviados.

“O que é difícil de encontrar é um brinquedo com pele morena e cabelo ruivo. Então, escrevi para a Fisher Price[fabricante de brinquedos], agradeci profusamente pelo trabalho que estavam fazendo e depois deixei um PS[observação] que dizia algo como: ‘Se você decidir criar um Pequenino com pele morena e cabelo ruivo, por favor nos avise”, conta Niki sobre a iniciativa para presentear o filho.

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Pouco tempo depois de enviar a mensagem para a empresa ela recebeu um email com uma resposta surpreendente. “Sua história foi compartilhada com todos que trabalharam nas figuras de Little People que você mencionou, e dizer que isso fez o nosso dia seria um eufemismo. Você e Archer nos inspiraram! Sabemos que quando as crianças brincam com os Pequeninos, elas representam cenários que veem no mundo ao seu redor, e sentir que fazem parte desse mundo é fundamental. Garantir que Archer e sua escola tenham a representação completa de nossas figuras de Little People”, disse o vice-presidente da empresa, que em seguida pediu o endereço da familia.

No final de maio, Niki recebeu uma caixa com diversos bonecos que representavam Archer, com as mesmas características físicas e roupas. “A quantidade de trabalho, esforço e cuidado que eles dedicaram a este brinquedo foi surpreendente”, disse a mãe.

Hoje, o menino doa os bonecos ‘mini Archie’ para os amigos da escola se divertirem. Niki comenta a importância da representatividade, não só para o filho, mas para todas as crianças: “Preciso que eles tenham brinquedos e livros que se pareçam com o Archer, porque é assim que eles entendem que a pele morena não é menos. E estou em uma posição realmente única como uma mulher branca com um filho negro para ajudar as pessoas a entender por que a representação é importante. Os pais negros estão cansados ​​e já sabem que é importante”, pontuou a mãe.

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