Publicado em 25/05/2019, às 16h42 por Isabella Zacharias, Filha de Aldenisa e Carlos
No dia 25 de maio é comemorado o Dia Nacional da Adoção. De acordo com uma pesquisa feita pela Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF), o Brasil alcançou o maior índice de adoções em 2018, com 2.184 processos efetivados. A esperança é que esse número cresça depois de 2019 com o início do novo cadastro de pais interessados em adoção.
Quando o processo de adoção é concluído, é muito comum que os pais tenham algumas dúvidas. Muitos se perguntam, por exemplo, se devem ou não contar aos filhos que eles são adotados.
“A comunicação é a base para a identificação, com crianças e adolescentes isso não deve ser diferente. É muito importante que no caso da adoção de bebês o tema seja tratado com naturalidade”, diz a especialista em comportamento infantil e assessora familiar, Mariana Zanotto.
Outra dúvida comum é se os pais devem falar sobre a família biológica. Mariana diz que é normal que as crianças tenham essa curiosidade quando forem mais velhas. “Esse é o momento em que os pais precisam ser mais compreensivos. O fato da criança saber que seus pais adotivos estão abertos para esse diálogo é o mais importante”, explica.
Algumas famílias que já tem filhos biológicos escolhem adotar crianças. Aí surge mais uma pergunta: como adaptar ambos para esse momento? “É muito interessante que o filho biológico esteja envolvido no processo da adoção do futuro irmão”, diz Mariana. “Dar espaço para que ele dê opiniões sobre o assunto é um passo importante na adaptação com a nova realidade”.
Aos casais homossexuais que desejam adotar uma criança e, por consequência, acabam sofrendo muito preconceito, Mariana diz que o mais recomendado é procurar suporte profissional. “Uma das coisas que mais chama a atenção sobre trabalhar com essas famílias é a dedicação em ensinar o verdadeiro significado do amor”, Mariana explica. “Sabe aquele amor sem rótulos e padrões e que supera todos os desafios? Esse mesmo”.
A amamentação também chega a ser um desafio para algumas mães que querem adotar. “A amamentação não é exclusiva para mães que gestaram seus bebês. Existem diversas formas de possibilitar essas experiências para mães adotivas que gostariam de amamentar”, ela explica. “Consultar uma especialista em lactação é uma ótima ideia. O amor da maternidade e da paternidade não tem limites. Nós é que o limitamos”.
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