Publicado em 19/11/2020, às 08h11 - Atualizado às 08h35 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Nesta quinta-feira, 19 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para falar sobre a importância de se reinventar e criar o próprio negócio. Apenas no Brasil, 24 milhões de mulheres já empreendem e este número cresce aproximadamente 10% a cada ano, de acordo com o IBGE.
A gente sabe que manter uma empresa não é uma tarefa fácil, principalmente para as mulheres que já são mães e possuem uma dupla jornada. “Empreendere ter seu negócio próprio é o sonho de muitas mulheres. Mas começar neste caminho não é tão simples assim e se faltar preparo, a futura empreendedora pode acabar desistindo dessa jornada ou até mesmo tornar este momento um pesadelo devido os desafios que ela encontrará em sua trajetória”, conta Luzia Costa, CEO da Sóbrancelhas.
Infelizmente, não é difícil perceber o preconceito durante a admissão em empresas tradicionais, e o cenário fica ainda pior após a gravidez. Segundo o Grupo Regus, 62% das empresas brasileiras ainda possuem restrições para a contratação.
Se o mercado de trabalho fecha as portas para as mães, o empreendedorismo aparece como uma maneira de conciliar a carreira e a maternidade. Aproximadamente 75% dos negócios criados pelo público feminino são motivados pela chegada de um bebê. Diferente do empregotradicional, empreender exige tanto (ou até mais!), mas a flexibilidade de horário é um ponto forte.
Juliana Storck, mãe de Valentina, viveu na pele a experiência de voltar ao mercado de trabalho após a gravidez: “Quando minha filha nasceu, a Begonia também era uma empresa-bebê, e entre altos, baixos e alguns choros (rs), tentei 2 vezes voltar ao mercado de trabalho. E foi horrível. Por não sentir que pertencia àquele modelo de empresa, pelo preconceito por eu ter uma filha pequena, pelos olhares tortos por eu não participar do Happy Hour… Foi horrível pelo fato de estar ali somente para trocar meu tempo por dinheiro”.
Antes de começar, é preciso definir o produto, público-alvo, faixas de preço, metas e como seu trabalho será divulgado. Segundo um estudo publicado no Real Business, empreendedoras chegam a trabalhar aproximadamente 52 horas semanais, ou seja, 40% a mais do que um emprego tradicional. Mas calma, conforme o crescimento do negócio, é possível contratar mais funcionários e delegar tarefas.
Para Juliana, a vontade de ter o próprio negócio surgiu na infância: “Desde pequena empreender é natural para mim. Sou neta de artesãs e filha de empreendedor. Por mais inconstante que seja abrir um negócio no Brasil, ser a diferença e mostrar que é possível sempre me motivou”, contou.
Quando o assunto é inspiração, ela explicou que a filha tem um papel fundamental em todo o processo: “A Valentina me inspira na criatividadeao brincar, na busca por solucionar os obstáculos que encontra no dia a dia. Ela me inspira na perseverança, na sede do saber, na concentração e vislumbre ao se deparar com o novo. Me inspira quando abre meus olhos para o simples e me ensina que a vida, de fato, é aquilo que escolhemos enxergar”.
Já para Vanessa Marques, mãe de Enzo, o sonho de empreender veio com a maternidade. Apesar dos mais diversos benefícios, ela destacou um dos principais pontos: “É poder se dedicar àquilo que você realmente gosta e poder colher frutos do seu trabalho para si mesma”. E Juliana completa: “Ser livre! Mas não me entenda mal: quando você decide ter uma empresa, ganha diversas responsabilidades, horas intermináveis de trabalho, enfrenta burocracias incontáveis… Mas, você é livre, para ser o impacto positivo que gostaria de ver no mundo, para liderar pessoas e incentivá-las”.
Não existe fórmula mágica, é preciso acreditar com carinho nos nossos sonhos e projetos! A maior motivação para seguir em frente será a vontade de inovar, conquistar conhecimento e principalmente a determinação. “O segredo de muitas mulheres empreendedoras é a resiliência. É preciso acreditar no seu negócio independente do preconceito do mercado, além de lembrar constantemente da sua capacidade. Mesmo que você quebre, mesmo que seja difícil, comece seu negócioe coloque em prática”, reforça Luzia.
De acordo com as empreendedoras, a primeira dica, apesar de parecer clichê é começar! “Deem o primeiro passo. Terá erros, mas terá acertos também!”, comenta Vanessa. Para te ajudar nesta missão, Juliana fez um passo a passo para tirar as ideias do papel, olha só:
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