Família

David Beckham posta foto beijando a filha e causa polêmica

Getty Images

Publicado em 27/11/2018, às 13h29 - Atualizado às 13h39 por Nathália Martins


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Na última segunda-feira (20), David Beckham compartilhou uma foto no Instagram em que ele aparece beijando a boca de sua filha Harper, de 7 anos, durante um passeio no gelo em Londres. Mas pelo jeito o clique causou bastante polêmica.

Os seguidores do ex-jogador encheram a publicação com comentários alertando-o que era errado beijar a menina. “Ela é sua filha. Por que você está a beijando? Você só deve fazer isso com sua esposa”. Mas claro que os fãs leais de Beckham o defenderam alegando que as pessoas estavam “doentes” em arruinar uma imagem completamente normal. “Ele é um pai amoroso”, rebateu uma fã.

A foto causou tanta polêmica que até mesmo celebridades decidiram comentar sobre isso no Twitter. Rebakah Vardy insistiu que aquilo era perfeitamente normal, dizendo que ela mesma beija seus filhos nos lábios “o tempo todo”. Já Piers Morgan discordou: “É um pouco estranho”.

Esta não é a primeira vez que David é criticado por compartilhar uma foto beijando a filha na boca. No ano passado, o ex-jogador foi forçado a defender esta atitude dele, dizendo que ele e sua esposa Victoria Beckham são “sempre muito carinhosos” em relação aos 4 filhos.

(Foto: Reprodução/Instagram)

Na boca, não!

É claro que o hábito de selinho entre pais e filhos costuma se tratar de uma manifestação de afeto. Na matéria que publicamos nas nossas redes sociais sobre o assunto ficou bem claro que existem duas opiniões completamente diferentes. De um lado ficam os pais que já praticam e defendem com unhas e dentes e do outro lado, aqueles que consideram o hábito ruim para o desenvolvimento da criança.

Você pode até pensar que seu filho não entende o que está acontecendo. Que para ele é apenas um carinho entre vocês dois. Mas essa visão de pureza e inocência sobre a criança e sexualidade infantil é enganosa. Segundo Renata Bento, membro da Sociedade de Psicanálise do Rio de Janeiro, mãe de João e Pedro, a sexualidade começa a ficar mais evidente a partir dos 4, 5 anos de idade. “A criança já entende que o corpo dela é diferente do sexo oposto”. Por isso, a prática pode, sim, confundir a cabeça do seu filho.

Freud explica

De acordo com o criador da psicanálise, Sigmund Freud, a sexualidade existe desde o momento em que a gente nasce. O psicanalista defendeu a teoria de que em um momento do desenvolvimento infantil a criança se apaixona pelos pais. Não é à toa que às vezes você escuta seu filho dizer que quer se casar com você no futuro.

Outro problema: o selinho pode banalizar esse tipo de afeto. A criança ver que você beija seu companheiro e ela da mesma forma, talvez a faça achar que é normal sair beijando outras pessoas na boca. Ela pode tentar beijar familiares, colegas e até pessoas que ele acabou de conhecer. Uma vez que para ela essa prática pode ser entendida apenas como uma espécie de cumprimento.

Pode transmitir doença, sim!

A gente sabe que você pode ter o cuidado de não dar selinho nas crianças quando está gripado ou com outro tipo de doença. E se não faz isso, precisa começar já!

“Os pais também podem estar com algum vírus e não apresentarem sintomas. Através do beijo a doença é transmitida para as crianças assim que entra em contato com a mucosa oral”, explica Flávia Oliveira, pediatra e Neonatologista da Clínica MedPrimus, mãe de Lucas e Pedro. A imunidade do seu filho é completamente diferente da sua. A maior parte das doenças transmitidas pelo beijo são infecções por vírus, bactérias e fungos, como gripe e herpes.

E agora?

A gente não pode esquecer que o mundo é feito de pessoas com opiniões diferentes. E isso não é ruim! O que não pode faltar é respeito e você nunca deve se sentir culpado pela forma como educa seu filho, afinal, estamos todos dando nosso melhor.

Comece perguntando se dar selinho no seu filho é uma coisa que você herdou, porque seus pais faziam com você quando era criança, ou decidiu começar agora. Caso seja a segunda opção, por que você decidiu iniciar essa prática? “Se a sua resposta for promover intimidade entre pais e filhos, por que tem que ser dessa maneira?”, pergunta Quézia.

Um abraço apertado ou beijo na bochecha demonstram tanto amor quanto um selinho na boca do seu filho. Chegou até aqui e na sua cabeça a prática não faz mais sentido. Tudo bem não querer continuar!

Caso você queira continuar com a prática, é importante deixar claro para o seu filho que esse selinho é intimidade apenas entre vocês e a conversa é o melhor caminho.

Claro que isso deve ser feito pensando na linguagem adequada para a idade da criança. “Diga para o seu filho que essa é algo que ele só tem permissão para fazer com o pai e a mãe e vocês fazem isso porque se gostam muito”, aconselha Betty Monteiro, psicóloga e embaixadora Pais&Filhos, mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco.

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Palavras-chave
Comportamento Família Criança

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