Publicado em 18/05/2022, às 11h05 - Atualizado em 28/04/2023, às 09h10 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
É gripe, covid-19 ou resfriado? Essa é a pergunta que não quer calar. Com a chegada do outono e das temperaturas mais baixas em todo o Brasil, cuidar da saúde não está fácil nos últimos tempos e os sintomas similares acabam deixando toda a família confusa. Por isso, é importante saber as principais diferenças entre as três doenças e o que você deve fazer caso suspeite que está com alguma delas.
As três doenças são causadas por vírus e transmitidas da mesma forma: por gotículas de secreções respiratórias de uma pessoa infectada. Mas os agentes causadores são distintos: a gripe é provocada pelos vírus da família influenza, o resfriado chega por meio dos rinovírus, adenovírus, parainfluenza e outros, já a covid-19 é causada pelo Sars-CoV-2, da família dos coronavírus.
A forma que o quadro evolui também é uma boa forma para diferenciar cada uma das doenças:
Os mais comuns são dor de garganta, tosse, mal-estar, dores no corpo e cansaço. Nem sempre esses sintomas surgem em todos os quadros, mas são os mais difíceis de diferenciar no início da infecção.
Em relação à covid-19, os sintomas mais comuns são febre, cansaço e tosse seca. Algumas pessoas têm dores no corpo, congestão nasal, coriza, dor de garganta ou diarreia. Uma em cada seis pessoas desenvolve dificuldade para respirar. Também existem pessoas que não desenvolvem sintoma nenhum.
Como os sintomas do coronavírus podem ser muito semelhantes aos da gripe e resfriados, é importante saber o histórico de onde a pessoa esteve nos últimos 15 dias antes de os sintomas surgirem, além de ficar atento para as diferenças entre os sinais das três doenças:
Sintomas | Coronavírus | Resfriado | Gripe |
Febre | Comum | Raro | Comum |
Tosse | Comum, normalmente seca | Moderada | Comum, normalmente seca |
Espirros | Raro | Comum | Raro |
Dor no corpo | Às vezes | Comum | Comum |
Dor de cabeça | Às vezes | Raro | Comum |
Dor de garganta | Às vezes | Comum | Às vezes |
Dificuldade para respirar | Às vezes | Raro | Raro |
Coriza ou nariz escorrendo | Raro | Comum | Às vezes |
(Fonte: OMS/Ministério da Saúde)
Idosos e pessoas com doenças de saúde como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares têm mais chance de desenvolver um quadro grave da doença. Crianças e pacientes com baixa imunidade também podem apresentar manifestações mais graves.
Especialistas recomendam que pessoas com quadros leves fiquem em casa com remédios para os sintomas, hidratação e repouso. Nesses momentos, a telemedicina é uma boa alternativa, já que evita que você tenha que se deslocar. Mas se perceber um agravamento do quadro ou você apresente falta de ar progressiva, tosse intensa, catarro com pus ou febre alta com calafrios, é preciso ir a um hospital. Esses são sinais de infecção grave. Em caso de dúvida, consulte um médico para saber sobre os próximos passos.
A transmissão do coronavírus é feita através da mucosa oral, do nariz e dos olhos. Por isso, os especialistas recomendam os mesmos cuidados tomados com doenças respiratórias para evitar o contágio pelo vírus: cobrir a boca com a manga da roupa ou braço em caso de tosses e espirros, uso de máscaras e higiene das mãos.
Confira mais dicas da Sociedade Brasileira de Infectologia para reduzir o risco de infecção:
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