Publicado em 02/11/2022, às 05h00 - Atualizado em 01/11/2023, às 18h40 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
Educar uma criança está longe de ser uma tarefa fácil. Existem situações, no entanto, que são ainda mais difíceis de falar com os filhos. A morte de uma pessoa querida é uma delas. Nós sabemos que é complicado e triste, mas as crianças precisam saber a verdade e aprenderem a lidar com a perda e com o luto.
Cris Guerra, blogueira, publicitária e escritora, passou por isso com o filho Francisco e escolheu o papo reto como saída. Grávida de sete meses, ela perdeu o marido e pai do filho dela. Quando Francisco completou 3 anos, a morte do pai começou a ser um assunto em casa.
Cris não esperava que fosse tão cedo, mas acredita que a pergunta “mãe, cadê meu pai?” veio porque o filho via na escola o pai dos amigos e estranhou a falta de mais alguém em casa. Depois do questionamento, a publicitária contou para o filho sobre o pai e como tudo tinha sido. Antes disso, Cris, que já escrevia o blog de moda “Hoje vou assim”, criou o blog “Cartas para Francisco”. Nele, ela descreve para o filho como era o pai dele.
Falar a verdade, acima de tudo, como Cris fez, é a primeira recomendação da psicóloga Betty Monteiro, mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco. Dizer que foi para o céu não é a melhor forma de abordar o assunto, porque as crianças não costumam entender essa expressão. Você pode tentar explicar a situação de uma forma que a criança entenda melhor, como dizer que a pessoa que faleceu vai ficar dormindo para sempre.
Também é importante procurar responder tudo o que a criança questiona, para que ela possa entender aos poucos a perda. “A criança vai fazer perguntas e a gente tem que explicar”, alerta a psicóloga. Outra preocupação dos pais nesse momento delicado é demonstrar tristeza. Não precisa ter medo disso, de acordo com Betty. “Não é necessário esconder sentimentoe tristeza. Se der vontade de chorar, chora. Fala que vai sentir saudade. Isso é muito importante para os pequenos”, explica. Abaixo, listamos alguns filmes e livros para ajudar seu filho a entender o luto:
O longa da Netflix é dirigido por Glen Keane, o mesmo responsável por clássicos como “Tarzan“, “A Bela e a Fera” e “A Pequena Sereia“. O filme conta a história de Fei Fei, uma menina chinesa que não desiste dos seus sonhos. No enredo, a garota cresce desde pequena ouvindo uma lenda sobre uma deusa que foi separada do grande amor e presa na lua. Até que chega o dia em que a própria Fei Fei sofre uma perda terrível de um dos familiares e resolve usar o gosto pela ciência para construir a própria nave espacial e viajar até o astro. Lá, a chinesa quer provar a existência da divindade. Em entrevista à Pais&Filhos, Glen Keane conta que foram três anos até a produção do longa ser concluída. A ideia era trazer à tona a mistura entre o mundo moderno e as tradições clássicas presentes na China. “Fei Fei representa ambas as partes desse mundo. A incrível inteligência física e científica e a tradição. É uma mistura linda”, diz.
Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração no feriado mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária reunião familiar.
A história se passa em San Fransokyo, uma mistura de San Francisco e Tokyo, onde Hiro Hamada é um garoto de 13 anos que criou um robô para participar de lutas clandestinas, onde consegue ganhar bastante dinheiro. Tadashi, seu irmão, leva-o até o laboratório em que trabalha. Hiro conhece os amigos de Tadashi e começa a gostar bastante do lugar, a ponto de querer estudar lá. A perda de alguém muito querido por Hiro faz que os planos mudem. E é o robô inflável Baymax é que o ajuda a lidar com a dor do luto e a dor da perda, além de ajudá-lo em uma série de aventuras.
O clássico infantil da Disney fala sobre o luto do pequeno Simba, após perder o pai, Mufasa. Uma das cenas mais emocionantes do longa é quando o macaco Rafiki, ao ver o filhote de leão sofrendo com a perda do pai, diz “Ele está dentro de você”, uma fala que atravessou gerações. A nova versão de O Rei Leão convida a revisitar também o original, e relembrar a força simbólica de uma história.
A coleção “Bem-me-quer”, da Turma da Mônica, escrita por Paula Furtado, psicopedagoga e arteterapeuta especialista em Neuropsicopedagogia e Contos Infantis, falar com as crianças sobre o assuntos como o luto de forma lúdica e simples. Além disso, a coleção é ilustrada por Maurício de Sousa e os grandes protagonistas serão os personagens da turminha.
A coleção completa é composta de 5 livros que abordam os sentimentos de tristeza, medo, raiva, luto e ansiedade. “Para sempre no meu coração” fala sobre a relação da personagem deficiente visual Dorinha com a avó, que a ensinou que o mundo também pode ser visto através dos sons, gostos, cheiros e sensações. Nesse livro, o tema luto ensina as crianças sobre as perdas que a vida traz.
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