Publicado em 04/04/2023, às 14h58 por Redação Pais&Filhos
A mãe de primeira viagem, Cintia Dicker, compartilhou nas redes sociais um momento para lá de especial da filha, Aurora, com o irmão, Dom. Vale lembrar que Aurora nasceu no dia 27 de dezembro e é fruto do relacionamento da modelo com Pedro Scooby. Já, Dom, Liz e Bem são filhos do surfista com a atriz, Luana Piovani.
Na foto divulgada nos stories de Cintia Dicker, Dom aparece segurando a bebê e dando um beijo na cabeça dela. Já, a modelo escreveu de legenda, na própria foto: “Não daaaa”, dando a entender algo como uma situação muito boa a relação entre os irmãos.
Ele vai aprender a ser altruísta: assim como você sentiu que tinha que proteger seu bebê de tudo e de todos quando ele nasceu, seu filho também vai sentir algo parecido quando ele conhecer o novo irmão dele – e vai, dentro do papel dele como irmão mais velho, se mostrar um grande amigo e parceiro.
Compartilhar se tornará a palavra de lei: com uma segunda criança na casa, seu filho vai ter que aprender a dividir a televisão e o último pedaço do bolo de chocolate. Isso será útil para ele em outros relacionamentos e fará com que ele olhe para todas as coisas da vida de uma maneira diferente.
Resolver os próprios problemas passará a ser algo mais fácil: não é novidade que irmãos brigam bastante. Ao mesmo tempo que você escuta os choros e gritos, você está dando a oportunidade para seu filho entender o que ele e o outro estarão sentindo e de resolver a situação com conversas, abraços e o que estiver ao alcance dele ao invés de só ficar bravo.
O trabalho em equipe vai acontecer: quando seus filhos são apresentados com uma longa lista de tarefas, eles percebem que é mais fácil assumi-las em conjunto ao invés de fazê-las sozinhos. Sem falar que compartilhar sempre torna tudo muito mais legal – e seus filhos irão perceber isso com as coisas mais complicadas e, principalmente, com as legais.
Eles formarão um time: ter amigos é fundamental para o desenvolvimento de uma criança, mas, quando se tem um irmão, as coisas são diferentes e ainda mais especiais: seus filhos não vão precisar marcar dias para brincar tendo um amigo no quarto ao lado.
Irmãos aprendem um com o outro: há muitas coisas que seu filho mais novo aprenderá com o mais velho, assim como o mais velho aprenderá a ter muita paciência com o novo integrante. Relações acontecem principalmente por causa da troca que existe entre as duas pessoas, e com irmãos não é diferente.
Eles terão um ombro para desabafar: quanto mais velho seu filho fica, menor é a chance dele vir falar com você para resolver os problemas – por mais que isso doa um pouco, é um movimento natural das crianças e, principalmente, de adolescentes. Com um irmão, seus filhos sempre terão um guia para todas as situações.
Comemorar coisas boas sempre será mais legal: desde um aniversário a uma caminhada, irmãos se alegram um pelo outro e defendem um ao outro em todos os momentos da vida. Poder assistir essa parceria crescendo e se fortalecendo ao longo da vida deles é, com certeza, uma das coisas mais bonitas que tem.
Irmãos se ajudam em tempos difíceis: seja um joelho ferido, uma nota baixa ou um coração partido no futuro, eles estarão lá um pelo outro. Irmãos podem ser melhores amigos, e quando essa relação é incentivada… não há nada que possa fazer com que esse vínculo (que já é forte) se quebre.
Seus filhos vão crescer juntos: amigos vêm e vão, mas família é para sempre. Ter um irmão garante que seu filho terá sempre alguém com quem contar. Por isso, é importantíssimo estimular a relação entre os dois e sempre incentivar que eles possam contar um com o outro.
Eles brigam, quase sempre, mas se amam, quase sempre. O vínculo que une os irmãos é um dos menos estudados, ainda que seja um dos mais expressivos que existem. Até o início dos anos 1990, a maioria dos estudos sobre a família avaliava a estrutura, as relações e as dinâmicas envolvidas nas casas, do ponto de vista dos pais com os filhos. O que acontecia entre os irmãos não parecia tão relevante. Mas, hoje, a relação fraternal tem sido avaliada com lupa, e o resultado é que os irmãos são considerados uma influência às vezes ainda mais importante do que os próprios pais.
Se, na família tradicional, a mãe ocupava o centro do palco como a figura mais importante das dinâmicas, a família contemporânea oferece hoje diversas possibilidades de interação. Irmãos não se divorciam, não criam novas famílias e têm uma presença mais próxima e constante na vida uns dos outros, especialmente na infância, mas também ao longo da adolescência. Um estudo realizado pela Penn University, nos Estados Unidos, aponta que irmãos passarão 33% da vida juntos.
São eles quem ensinam, na prática, a dividir, ainda que às vezes na marra, objetos e afetos, é com os irmãos que se tem contato com a dinâmica complexa de viver em sociedade, onde é necessário fazer concessões, perseverar, lutar por seus direitos, enfim, conviver. Caso contrário, as consequências podem ser desastrosas. Os irmãos não são escolhidos, como os amigos. São as pessoas com quem você divide a casa e os pais, sem ter pedido. Por isso, aprender a negociar com eles é um passo importante.
Os casais se separam muito mais hoje. Segundo o Núcleo de Estudos Populacionais da Unicamp, o Nepo, são mais frequentes as separações nos casamentos nos primeiros dez anos de relacionamento. Até a nova lei que tornou o divórcio mais fácil, era mais comum que os casais se separassem a partir de 20 anos de casamento.
Com o aumento dos recasamentos, as novas famílias são formadas muitas vezes com filhos dos casamentos anteriores. Também há núcleos em que a figura paterna inexiste (como é o caso de mulheres que optam por inseminação artificial). Também se tornam cada vez mais corriqueiras as famílias em que há dois pais ou duas mães. Ou seja: muita coisa mudou, mas a constante em nos relacionamentos são justamente os irmãos.
Eles continuam a exercer um papel parecido com aquele que sempre exerceram: são os primeiros iguais com quem aprendemos a lidar. Se a relação com os pais é vertical, os pais são os chefes da família, a relação entre irmãos é em tese horizontal: têm os mesmos direitos.
“Irmãos podem se tornar cúmplices e se apoiar em situações difíceis. Mas isso depende de como a família se organizou para acomodá-los”, diz a psicanalista Maria Cecilia Pereira da Silva, mãe de João e Maria, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). Para ela, a qualidade do vínculo depende dos pais e de sua capacidade de se dividir entre os dois. Ou seja: permitir a criação desse vínculo e apoiar o seu fortalecimento é papel dos pais, sim.
“O nascimento de um irmão para o filho mais velho é um problema, a primeira coisa que ele pensa é que se os pais gostassem tanto dele assim não precisariam ter outro filho. Como o casal lida com isso e como evita dar mais atenção a um do que a outro é o que vai determinar a qualidade do relacionamento entre os irmãos, é o que determina se eles vão criar uma relação de cumplicidade ou não”, explica Maria Cecilia.
Cabe aos pais mostrar que cada um tem seu lugar e é esse percurso que permite aos irmãos criar vínculos que podem durar a vida inteira. “Se os irmãos conseguem superar esta primeira etapa do ciúme e da disputa pela atenção dos pais, terão dado um passo para ficar mais fortes em sua relação e também com o resto do mundo”, afirma.
Tanto em seu lado positivo, quando há cumplicidade, tanto na rivalidade. Para os estudiosos do London King´s College, mesmo quando irmãs se afastam, tendem a se unir novamente na velhice. Entre as razões para reforçar vínculos, estão as lembranças das brincadeiras partilhadas na infância.
Hoje, os casais brasileiros têm em média 1,9 filho, segundo os dados do último Censo, realizado em 2010. Em menos de 20 anos, estima-se que a taxa de natalidade no país chegue a 1,5 filho por casal, os mesmos parâmetros europeus, os mais baixos do mundo. Com a queda da natalidade, irmãos pareciam ter os dias contados, mas, graças a essas novas dinâmicas familiares, surgiu a figura dos “novos irmãos”.
“Como em um casamento tradicional, irmãos e meio-irmãos também precisam aprender a conviver e criar uma dinâmica para se entender uns com os outros. São relações mais complexas, mas que estamos todos aprendendo a entender”, diz a psicanalista Maria Angela Santa Cruz, coordenadora do Núcleo de Referência em Atenção à Adolescência e Juventude do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo.
Esse é o tipo de formação familiar que tem tido mais crescimento no país, a das chamadas novas famílias. É uma maneira de ter a experiência de conviver com irmãos, já que a taxa de fecundidade não vai voltar a crescer tão cedo. Segundo Lucia Mayumi Yazaki, mãe de Guilherme e de Gustavo, demógrafa da Fundação Seade, a tendência maior no momento é a de estabilização.
A taxa de fecundidade no país caiu muito e rapidamente: nos anos 80, era de 4,4 filhos por casal e hoje, apenas 40 anos mais tarde, é de apenas 1,72. Mas isso não significa que haverá menos irmãos no mundo. “Temos toda uma nova gama de arranjos familiares para preservar esse relacionamento. Mesmo no caso de quem mantém o casamento original, é preciso conviver com diferentes famílias, onde há irmãos de outros casamentos”, diz ela.
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