Publicado em 19/04/2022, às 14h56 por Redação Pais&Filhos
Álvaro Sanches é um dos médicos acusados pela morte e retirada de órgãos ilegal do garoto de 10 anos, Paulo Pavesi, no ano de 2000, em Poços de Caldas, Minas Gerais. A audiência estava marcada para outubro do ano passado, no entanto, aconteceu no último dia 18. O médico foi condenado por homicídio duplamente qualificado por motivo de torpe e pelo fato da vítima ser menor de 14 anos.
A pena do homem é de 21 anos e oito meses em regime fechado. A sentença foi dada na tarde desta terça-feira, 19 de abril. A sessão no tribunal em Belo Horizonte teve início no dia 18 de abril, foi suspensa por volta das 20h e retomada na manhã do dia 19. Segundo pedido da defesa, o desejo era que o réu respondesse em liberdade, no entanto, foi negado por conta da “gravidade do crime”. O mandado de prisão foi expedido contra o médico que está em São Paulo.
Na denúncia do Ministério Público, o médico foi um dos profissionais que causaram a morte de Paulo, atendido na Santa Casa de Misericórdia em Poços de Caldas, depois de cair do prédio onde morava e sofrer um traumatismo craniano. O promotor do caso falou sobre a condenação do médico, “Esse resultado é uma gota de alento em um mar de tanta dor, de tanta impunidade”.
No entanto, a defesa disse que irá recorrer sobre a decisão, entrando com pedido de Habeas Corpus para que o médico responde em liberdade: “Nós respeitamos a decisão mas ela é contrária à prova dos autos”, disse o advogado de Álvaro, Luiz Chimicatti.
O Ministério Público acusou Álvaro e outros médicos de forjar e documentar um laudo falso da morte de Paulo Pavesi, criança de 10 anos. “Ele é o médico responsável pela retirada dos órgãos. Ele era o médico que era o diretor da Santa Casa onde se fazia o transplante de órgãos. Ele é o dono da clínica onde era feito o transplante ilegal de rim” falou o advogado da família Pavesi.
O caso começou em 2000, onde quatro médicos foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado do garoto Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos. Segundo declaração da Justiça, os médicos fizeram procedimentos incorretos e removeram os órgãos do garoto ilegalmente, após Paulo dar entrada na Santa Casa com traumatismo craniano.
Os médicos negaram a irregularidade, nos exames e também nos transplantes. O caso voltou à tona em agosto de 2014, onde o Ministério público pediu também para não ocorrer influência econômica e social dos médicos sobre os jurados.
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