Publicado em 25/02/2022, às 05h24 por Redação Pais&Filhos
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial do primeiro medicamento que previne covid-19. O medicamento Evusheld (ou AZD7442) da AstraZeneca é uma combinação de anticorpos monoclonais cilgavimabe + tixagevimabe.
O medicamento deve ser usado em pessoas que não estão infectadas pelo vírus e não tiveram contato com ele. O remédio é indicado para maiores de 12 anos ou mais que têm comprometimento imunológico moderado a grave. Fazem parte do grupo pessoas que receberam transplante de órgãos, que tenham imunodeficiência primária moderada ou grave (síndrome de DiGeorge), que fazem tratamento de leucemia. Ele também pode ser usado para quem tem infecção de HIV avançada ou não tratada.
Também pode ser utilizado para quem a vacina da Covid-19não é recomendada devido a um histórico de reação adversa grave. Entretanto, para quem a vacinação é indicada, o medicamento não a substitui. Nesse caso, o medicamento deve ser administrado pelo menos duas semanas após a aplicação do imunizante.
“A profilaxia pré-exposição com Evulsheld não substitui a vacinação em indivíduos para os quais a vacinação Covid-19 é recomendada. A gente está ressaltando que não é para substituir a vacinação”, disse Mendes. Meiruze Sousa Freitas, diretora relatora da Anvisa, disse que no cenário atual da pandemia o uso de um produto para profilaxia pode proporcionar mais uma estratégia para proteção da população.
“Considero que a profilaxia pré-exposição pode ser uma arma importante para combater os agravos dos mais vulneráveis que estão em risco de serem hospitalizados e de óbitos, como as pessoas com leucemia, imunodeficiência primária ou adquirida ou aquelas que realizam tratamentos imunossupressores, com as pessoas transplantadas”, destacou.
Entretanto, ela alerta que os pacientes tratados devem continuar com as medidas de cuidados contra a Covid, como usar máscara, manter isolamento, não compartilhar itens pessoais e higienizar com frequência as mãos. A Anvisa já aprovou outros seis medicamentos para a Covid-19. Um deles é o Regen-Cov (combinação de casirivimabe e imdevimabe), da farmacêutica Regeneron, que tem aprovação para uso emergencial no Brasil.
Entre os medicamentos aprovados, a agência reguladora revogou a autorização de uso emergencial da associação dos anticorpos monoclonais banlanivimabe e etesevimabe contra a Covid-19. A agência reguladora solicitou que a empresa apresentasse dados de eficácia do medicamento contra a variante ômicron que subsidiam a manutenção da autorização de uso emergencial do medicamento para o tratamento da Covid-19, o que não ocorreu.
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