Publicado em 04/09/2023, às 18h34 - Atualizado em 05/09/2023, às 07h04 por Marina Teodoro, Editora de digital | Filha de Ana Paula e Gilberto
Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella Nardoni, esteve no estúdio do podcast da Pais&Filhos para uma entrevista exclusiva nesta segunda-feira, 4 de setembro. No bate-papo emocionante, ela abriu o coração e contou detalhes dos últimos momentos com Isabella, como lidou com a perda da filha e como conseguiu reconstruir a vida e encarar a maternidade novamente.
No início da entrevista, conduzida pela nossa editora-executiva Andressa Simonini, Carol, como gosta de ser chamada, falou sobre um sentimento inevitável para toda mãe, ainda mais para alguém com uma história como a dela: a culpa.
“Carreguei sim a culpa. Não é uma culpa pelo trágico acidente, porque eu não estava lá. Mas sim: ‘Poxa, e se eu não tivesse ligado pra ela ir [para a casa do pai], e se ela não tivesse ido, e se eu’… tudo é ‘e se’. ‘E se eu tivesse falado com ela antes’, são varias coisas que fazem você carregar um sentimento como se fosse uma culpa, embora você não seja culpada”, confessa ela.
Sobre se reconstruir, Carol falou que só conseguiu recomeçar a vida depois de anos. “Só consegui seguir em frente depois do julgamento. Porque existia uma Carol, uma Carol que eu tinha dentro de mim, que precisava reviver. Eu era muito jovem, eu não tinha vontade de morrer, eu tinha vontade de não cair em depressão”, relembra ela.
Mesmo assim, o processo não foi fácil. “Eu fiz muita terapia e muito choro, muito choro. Eu dirigia e chorava, e gritava e socava o volante. Tudo faz parte do processo. Tem pessoas que encaram de forma diferente e eu busquei sempre ficar bem da maneira como eu conseguisse”, pontuou.
No bate-papo, ela abriu o coração e contou detalhes de como fala sobre a perda de Isabella Nardoni com os outros dois filhos: Miguel, de 7 anos, e Maria Fernanda, de 3.
“Não sei dizer quando ele descobriu que ele tinha uma irmã. Mas ele sempre soube que tinha uma irmã”, disse ela quando questionada sobre como foi contar para Miguel sobre a filha mais velha.
Carol conta que para os filhos é muito natural que Isabella seja irmã deles. Na casa da avó materna das crianças existe uma parede com 135 fotos com Isabella, e Miguel às vezes se achava tão parecido com a irmã que apontava e dizia que era ele.
“Com o tempo, quando ele foi crescendo, a gente falava que ela [Isabella] era uma estrelinha, que ela foi pro céu, então quando a gente viaja ou quando ele vê uma estrela que está brilhando mais, ele fala ‘ela está viajando com a gente’. Meu filho é extremamente sensível”, conta.
Ela também comentou que recentemente teve uma conversa com o filho, já que com a estreia do documentário sobre o caso de Isabella Nardoni, o assunto poderia chegar até ele. Depois da conversa, ele pediu para que a mãe o levasse para ver o túmulo da irmã. “Esse fim de semana meu filho me falou que queria ir no cemitério. Ele me pediu pra ir. Ele disse que queria conhecer o cemitério porque queria saber onde a irmã dele estava”.
Na ocasião, Carol também questionou a filha mais nova se ela sabia que tinha uma irmã. Maria Fernanda não só respondeu que sim, como também questionou ‘como eles iriam visitar a irmã, se ela estava no céu, e a gente não sabe voar’.
Os quatro foram ao cemitério onde Isabella está enterrada e cada um deixou uma flor no túmulo. “Ele [Miguel] não teve muita reação, estava curioso, e a gente foi procurando até chegar e ver o nome dela. Aí ele abaixou, colocou a florzinha…”.
A ideia de Carol e o marido era transformar aquela experiência em algo que não fosse traumático para as crianças. “O cemitério que ela está é muito lindo. E ele [Miguel] tinha essa ideia de túmulos, com lápides, então ele ficou surpreso com a beleza… acho que foi um momento importante”.
A mãe ainda afirmou que não teve tempo para uma conversa com o filho sobre o momento. “Estou esperando ele maturar para perguntar”. Apesar disso, ela assegurou que não pretende que essa seja uma rotina a partir de agora.
Veja a entrevista completa no nosso canal no YouTube:
A noite do dia 29 de março de 2008 chocou o Brasil com um caso que jamais será esquecido. Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi jogada pela janela do apartamento do prédio onde o pai e a madrasta, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, moravam na Zona Norte de São Paulo.
A investigação da polícia mostrou que não foi uma queda acidental, mas sim um homicídio. De acordo com o Ministério Público, Alexandre e Anna Carolina agrediram Isabella a ponto de acharem que ela estava morta e, por isso, decidiram se livrar da criança cortando a tela de proteção e a lançando do sexto andar do apartamento. A menina ainda respirava quando foi socorrida, mas não resistiu e morreu.
O casal sempre negou as acusações, mas foi condenado na Justiça pelo crime em 2010. Alexandre recebeu pena de 30 anos, 2 meses e 20 dias de prisão em Tremembé, interior do estado. Anna recebeu 26 anos e 8 meses, mas há pouco mais de dois meses cumpre pena no regime aberto.
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