Publicado em 06/07/2018, às 09h30 - Atualizado às 09h35 por Redação Pais&Filhos
Que tal ensinar seu filho desde pequeno o poder que ele pode ter sobre o dinheiro? Além de educá-lo para compreender melhor os limites de gastos da família, você estará ajudando o adulto que ele se tornará por meio de uma relação saudável com sua vida financeira. E ainda tem bônus: habilidades, como paciência, senso de responsabilidade e persistência têm um forte elo com a capacidade de controlar os impulsos nos gastos ao longo da vida. Esse foi o tema da coluna da Taís e Roberta Bento, que são mãe e filha, na nossa edição de julho e, a dica delas é introduzir a mesada aproveitando o momento das férias, quando a família tem momentos sem a pressão de horários e também mais oportunidades de passeios, lanches e diversão em grupo.
O valor precisa ser definido a partir das condições financeiras do responsável, considerando também o número de filhos e de adultos que contribuem com as despesas da casa. Uma base a partir da qual você pode definir o valor que cabe no seu orçamento é R$ 1,00 por ano da idade da criança. Assim, um criança de 8 anos teria oito reais como mesada. E a frequência pode ser determinada conforme a disponibilidade do seu orçamento: o valor pode ser entregue a cada semana, a cada quinzena ou mensalmente.
Você precisa manter em mente seu objetivo principal: ajudar seu filho a desenvolver habilidades para gerenciar seu próprio dinheiro. Então, além de estabelecer a mesada, é preciso participar da decisão sobre o que fazer com o dinheiro. A regra que você não pode flexibilizar é a da poupança. Peça para a criança identificar duas caixinhas com etiquetas de: despesas e poupança.
Combine com ele que a cada dois meses vocês vão contar o dinheiro da caixinha da Poupança. Se ele tiver conseguido economizar 20% do que recebeu até ali, ele ganha um valor extra, que você vai determinar. Pode ser uma porcentagem em cima do valor que ele economizou ou um valor exato combinado. O dinheiro da poupança só poderá ser gasto nas próximas férias ou no aniversário dele.
Quanto ao que ele tem que fazer para merecer o dinheiro, a situação é mais complexa. E caberá a você fazer a opção, de acordo com suas crenças e valores. Pessoalmente, não gostamos da ideia de pagar por atividades que ele faça para ajudar na rotina da família, já que os pais também não são pagos para isso. Uma possibilidade é vincular a mesada à economia de água ou energia elétrica. E nesse caso seu filho precisa ficar responsável por apagar as luzes, desligar eletrônicos e manter torneiras fechadas, sempre que possível.
Preparada para as surpresas positivas que virão ao longo do segundo semestre a partir dessa mudança na vida das crianças? Então, boas férias!
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