Publicado em 18/05/2022, às 12h49 - Atualizado às 14h13 por Redação Pais&Filhos
A evolução humana é um tema bastante discutido pelos cientistas, pesquisadores, e até pela população em geral, pois a cada ano mais rastros dos antigos habitantes da Terra aparecem. Desta vez, um dente de uma criança de 130 mil anos foi encontrado em Laos, uma caverna no sudeste da Ásia.
Com a descoberta do dente, os pesquisadores acreditam que a descoberta prova que os denisovanos – um ramo da humanidade agora extinto – viviam nos trópicos quentes do sudeste da Ásia. Muito pouco se sabe sobre os denisovanos, primos dos neandertais. Os cientistas os descobriram pela primeira vez enquanto trabalhavam em uma caverna na Sibéria em 2010 e encontraram um osso do dedo de uma menina pertencente a um grupo de humanos não identificado anteriormente. Usando apenas um dedo e um dente do siso encontrados na caverna, eles extraíram um genoma inteiro do grupo.
Segundo o estudo com base em proteínas antigas, o dente pertencia a uma criança, provavelmente do sexo feminino, com idade entre 3,5 e 8,5 anos. Mas o dente é muito velho para datação por carbono, e o DNA foi mal preservado por causa do calor e da umidade, disse o paleoantropólogo e coautor do estudo, Fabrice Demeter.
Depois de analisar a forma do dente, os cientistas calculam que provavelmente era um Denisovan que viveu entre 164.000 e 131.000 anos atrás. Depois estudaram o interior do dente por meio de diferentes métodos, incluindo a análise de proteínas e uma reconstrução de raios-X 3D. A estrutura interna do dente era semelhante à dos molares encontrados no espécime tibetano Denisova. Era claramente distinguível dos humanos modernos e de outras espécies antigas que viviam na Indonésia e nas Filipinas.
“As proteínas nos permitiram identificar o sexo – feminino – e confirmar sua relação com a espécie Homo”, disse Demeter, pesquisadora da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, onde o dente está temporariamente. A estrutura do dente tinha características comuns com os neandertais, que eram geneticamente próximos dos denisovanos. Acredita-se que as duas espécies tenham divergido cerca de 350 mil anos atrás. Mas Zanolli explica que os pesquisadores concluíram que era um espécime de Denisova porque nenhum vestígio de Neandertal foi encontrado até o leste.
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