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Pais processam escola após filha chegar em casa com dúvidas sobre ser uma menina ou não

Os pais não gostaram da forma como a identidade de gênero foi iniciada pelos peofessores - Shutterstock
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Publicado em 13/11/2019, às 12h15 - Atualizado às 12h43 por Nathalia Lopes, Filha de Márcia e Toninho


Os pais não gostaram da forma como a identidade de gênero foi iniciada pelos peofessores (Foto: Shutterstock)

É normal que alguns pais se preocupem quando o assunto “identidade de gênero” aparece nas escolas. A discussão é sempre a mesma: algumas pessoas acham que isso pode atrapalhar o desenvolvimento das crianças e outras defendem que é importante, que desde pequeno os filhos precisam aprender que os seres humanos podem se encaixar de várias formas.

Um casal canadense ficou extremamente chateado com o fato de que a filha deles, uma menina de seis anos, começou a se questionar se ela era realmente uma “garota”. Jason e Pamela Buffone resolveram, então, processar a escola.

A menina não teve o nome identificado e durante todo o processo de entrevistas, os pais se referiam à ela como N. Segundo o The Post Millennial, N estava assistindo às aulas da primeira série de uma escola pública na cidade de Ottawa quando a professora, JB, passou um vídeo sobre indenidade de gênero.

Intitulado como “Ele, ela e eles?!? – Gênero: coisas estranhas para crianças nº 2″, o vídeo falava que muitas pessoas não conseguem se identificar nem como meninas e nem como meninos. Que às vezes o “ser menina” não é realidade para certas pessoas, assim como menino também.

Só que Pamela afirma que isso confundiu a filha, ela conversou com alguns colunistas e explicou: “A jovem professora, a quem me referirei por suas iniciais, JB, continuou a ensinar teoria de gênero ao longo do semestre. E pelos feedbacks que N me deu, a professora, disse que meninas não eram reais, nem os meninos“.

JB estava seguindo o currículo da escola e da secretaria de ensino de Ottawa (identidade de gênero é uma matéria reconhecida pela lei da cidade canadense), mas a mãe disse que isso começou a confundir a filha.

Ela perguntou se poderia ‘ir a um médico’. Ela queria ter certeza sobre o fato de que ela era uma menina. Ela disse que ‘não tinha certeza se queria ser mamãe‘”, continua a mãe. Pamela relatou que conversou com a professora, com a diretora, com a superintendência e com a secretaria de Ensino.

Mas como nem ela nem o marido se sentiram satisfeitos com a resposta que obtiveram. Todas as instituições diziam que o ensino era normal e uma forma de ajudar as crianças a verem as mudanças que estão acontecendo na sociedade.

(Foto: iStock)

O casal Buffone recorreu aos direitos humanos. Eles apelaram à essa instância porque disseram que N estava sendo desrespeitada como menina, que isso também era uma forma de preconceito à filha deles, que se reconhecia com o mesmo gênero do sexo biológico. O processo foi aberto e além de ganharem 5 mil dólares de indenização, pediram para que a orientação de gênero fosse dada apenas para crianças que já apresentam questionamento sobre isso e não para todos alunos.

O advogado do sistema de ensino rebateu com a seguinte defesa: “Foi observado que o direito dos professores de ensinar identidade de gênero é endossado pelo Ministro da Educação e que a idade a adequação de uma discussão em sala de aula não envolve um terreno proibido protegido pelo Código. Em resumo, mesmo que N tenha sido afetado negativamente pelas lições do professor, ela não tem motivos para reparação, de acordo com o Código dos Direitos Humanos”. Mas mesmo assim os pais serão indenizados.

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