Publicado em 21/10/2012, às 22h00 por Redação Pais&Filhos
22/10/2012
A ideia de prescrever medicamentos estimulantes a estudantes que enfrentam dificuldades na escola vem instigando alguns médicos. Michael Anderson, pediatra em Atlanta, nos Estados Unidos, geralmente receita Adderall – um medicamento forte – a seus pacientes de baixa renda e que não conseguem tirar boas notas. Os comprimidos aumentam a atenção e o controle de impulsos em crianças com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), que se caracteriza por desatenção e impulsividade graves.
Segundo reportagem do jornal New York Times, Anderson e outros médicos prescrevem os medicamentos não necessariamente para tratar o TDAH, mas para favorecer o desempenho acadêmico dos alunos. "Não tenho muita escolha", disse o médico que atende muitas famílias pobres no condado de Cherokee, ao jornal americano. "Nós, como sociedade, decidimos que custa caro demais modificar o ambiente da criança. Logo, temos que modificar a criança”.
Ele diz que as crianças com problemas acadêmicos que ele atende estão em desarmonia com seu ambiente. A medicação seria, para Anderson, o meio mais prático e confiável para o sucesso dos jovens, quando suas famílias não têm meios para pagar terapias ou aulas particulares.
Riscos físicos e psicológicos
Enquanto alguns médicos não veem problema na medicalização nesses casos, outros temem que haja uma exposição das crianças a riscos físicos e psicológicos. O pediatra e neurologista pediátrico William Graf, que atende muitas famílias pobres em New Haven, disse que os pais devem ter o direito de decidir se o Adderall pode beneficiar ou não o filho que não tenha TDAH.
Entretanto, ele disse temer que o uso crescente de estimulantes possa colocar em risco a "autenticidade do desenvolvimento". "Essas crianças ainda estão na fase de desenvolvimento. Ainda não sabemos como essas drogas afetam biologicamente o cérebro em desenvolvimento", explicou Graf. "Os pais, médicos e professores têm a obrigação de respeitar a questão da autenticidade, e não sei se isso está acontecendo sempre”.
Alguns efeitos colaterais relatados dos medicamentos já incluíram a supressão do crescimento, aumento da pressão sanguínea e, em casos raros, episódios psicóticos. Especialistas temem que as crianças possam se tornar dependentes dos remédios até a idade adulta, muito depois dos sintomas do TDAH terem se dissipado.
O transtorno é um diagnóstico psiquiátrico cada vez mais comum entre crianças e adolescentes americanos: em 2007, cerca de 9% dos americanos de 4 a 17 anos tinham TDAH, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
O superintendente de um grande distrito escolar na Califórnia, que exigiu anonimato, observou que os diagnósticos de TDAH aumentam à medida que as verbas para o ensino diminuem. "É assustador pensar que chegamos a isso, que a falta de verbas para o ensino público, que possibilitem atender as necessidades de todas as crianças, levou a isso", disse ele, aludindo ao uso de estimulantes por crianças que não apresentam o TDAH clássico.
Fonte: New York Times
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