Publicado em 23/11/2019, às 04h34 por Redação Pais&Filhos
Neste sábado, 23 de novembro, é Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantil e o objetivo desta data é conscientizara população sobre a importância do diagnósticoprecoce e o tratamentoadequado para as crianças.
O diagnóstico precoce da doença é fundamental para um tratamento adequado e eficaz. Os sintomasdo câncer podem se confundir com sintomas de doenças comuns da infância, por isso, é sempre bom ficar atento e com os exames em dia.
De acordo com a Oncologista Pediatra Carmem Fiori, parceira do Instituto Ronald McDonald, você precisa desconfiar dos principais sinais e sintomas para aumentar as chances de cura. “O conhecimento prévio também diminui o sofrimento e as sequelas do tratamento. Em crianças, os tipos de câncer mais frequentes são as leucemias. Cerca de 30% das crianças com câncer possuem algum tipo de leucemia, que tem como principais sinais e sintomas: a anemia, palidez de pele e mucosas, que pode vir ou não associada a febre”, explica.
Febre, vômito, constipação, aumento do volume na barriga, tosse, dor de cabeça, crescimento dos gânglios linfáticos (especialmente pescoço, axila e virilha), sangue na urina, palidez da pele e mucosas, roxos na pele sem que haja atrito ou queda e dor óssea ou muscular são alguns sinais de que pode ter algo errado acontecendo. É claro que esses sintomas não querem dizer que seu filho esteja com câncer, uma doença tão temida por todas as famílias. Mas alertas como esses são importantes para o diagnóstico precoce em todo caso.
A história da Melissa
Melissa Mendes, ou Mel como é chamada pela família e amigos mais próximos, recebeu o diagnóstico de Leucemia aos 4 anos. Na época, ela não sabia que sua história daria um livro para ajudar outras meninas a enfrentarem a doença. Mel nasceu em Brasília e recebeu tratamento contra o câncer n Hospital da Criança de Brasília, com o apoio da ABRACE, instituição que oferece estrutura para famílias que passam pela mesma luta de Melissa. A ONG também recebe auxílio do Instituto Ronald McDonald.
Durante o tratamento, uma amiga da família, Nalu Nayara, decidiu raspar o cabelo para apoiar à criança. Inspiradas, a mãe, Viviane Mendes, e a avó de Melissa fizeram o mesmo. “Quando os fios da Mel começaram a cair, ela se sentia muito envergonhada e não queria sair de casa sem touca. Por isso, nós raspamos o cabelo para mostrar para ela que os fios não definiam nossa beleza e que ela podia se sentir bem daquele jeito. Um tempo depois ela começou a aceitar a falta de cabelos e a sair na rua sem se preocupar com os olhares dos outros”, relembra Viviane.
Nalu foi mais longe e escreveu um livro sobre a história de Mel: “O Reino Encantado das Princesas Carecas”. A obra feita para crianças, fala da beleza que vem do coração e não dos cabelos cumpridos. “Foram cerca de mil livros distribuídos para crianças em tratamento”, explicou Viviane. Hoje, Melissa tem nove anos e está curada.
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