Publicado em 04/05/2022, às 15h24 - Atualizado em 15/06/2022, às 09h13 por Cecilia Malavolta
No início de abril, a Organização Mundial da Saúde foi notificada que dez casos de hepatite aguda com causa desconhecida em crianças no Reino Unido, todas elas sem nenhum tipo de enfermidade. Mais tarde no mesmo mês, o número de casos subiu para 169 em países europeus, nos Estados Unidos e também em Israel, além de uma morte confirmada pela doença.
Agora, o número de casos de hepatite infantil aguda de origem desconhecida praticamente dobrou dentro de um período de 10 dias, contabilizando ao menos 228 casos confirmados em países diferentes, além outros 50 casos suspeitos em Genebra, na Suíça. Até agora, pouco se sabe sobre a doença e o que pode estar causando o surto em crianças.
O mais importante no momento é manter a calma. “Não há motivo para pânico, pois ainda não se sabe a causa dessas hepatites e não há nenhum caso diagnosticado em nosso país. É necessário aguardar o posicionamento da OMS para verificar a causa principal e quais as medidas preventivas para evitar que novos casos ocorram ou tenham um impacto menor na saúde das crianças”, orienta a Dra. Aline Scarabelli, infectologista e consultora médica do Labi Exames.
Ao menos 14 países ao redor do mundo registraram casos de hepatite aguda em crianças e adolescentes saudáveis. Segundo a OMS, cerca de 10% desses pacientes precisaram de transplante de fígado. Ainda de acordo com a organização, “muitos manifestaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos antes da apresentação com hepatite aguda grave e aumento dos níveis de enzimas hepáticas e icterícia. A maioria dos casos não apresentou febre”.
É importante destacar que a OMS descarta a relação entre os casos de hepatite com a vacina da covid-19 – são duas coisas distintas e que não possuem ligação entre si. A OMS acredita em três possíveis causas para o surto de hepatite ‘misteriosa’:
Hepatite é o nome dado a uma inflamação que acomete o fígado e causa lesões no tecido do órgão. Essa infecção afeta, principalmente, o funcionamento dele e pode ser classificada de duas formas: aguda (quadro em que o processo inflamatório apresenta sintomas com duração inferior a seis meses) e crônica (quando os sintomas perduram por seis meses ou mais). Ela pode ser desencadeada por vírus, bactérias ou parasitas. Existem cinco tipos de hepatite causadas por vários vírus, denominadas A, B, C, D e E:
Além dos tipos de hepatite causados por vírus, existem outros dois que possuem causas diferentes e não possuem a infecção viral como causadora da doença. São elas:
Os sintomas de hepatite variam de acordo com o que causou a doença. Em quadros agudos, os sinais do problema podem aparecer entre 2 semanas a 6 meses após a infecção. Em casos crônicos, é possível que o paciente não apresente nenhum tipo de sintoma até muitos anos depois que essa infecção acontecer. Propriamente falando, os sinais comuns de hepatite no corpo são:
Entre as infecções virais, a hepatite A é a mais comum em crianças. No geral, os sintomas desse quadro costumam a ser limitados e tendem a ser leves e moderados. Entre eles, podemos citar dor abdominal, náuseas, diarreia, icterícia (quando a pele e as mucosas ficam amareladas), sendo que todos duram dias ou poucas semanas. Também é possível que crianças sejam acometidas pelos vírus da hepatite B, C e E, e pelo adenovírus que também causa inflamação hepática.
Os riscos gerados pela doença são diferentes e variam para cada tipo de hepatite. Para pessoas que têm o costume de beber durante muito tempo, o maior risco é contrair uma hepatite alcóolica, assim como quadros virais têm maior chances de transmissão em relações sexuais desprotegidas. A doença em sua forma crônica pode levar à câncer de fígado e cirrose, e também existem chances de hepatite fulminante e perda da função hepática, o que leva à necessidade de transplante.
O diagnóstico de hepatite precisa ser feito de maneira clínica com um especialista. Após descritos os sintomas e verificação de histórico o médico irá pedir diversos exames laboratoriais para saber se houve, ou não, aumento das enzimas hepáticas. Em casos mais graves, será necessário realizar uma biópsia do fígado. Caso contrário, serão pedidos os exames:
O tratamento vai depender do tipo de hepatite, se é aguda ou crônica e da causa dela. Em casos de hepatite aguda (infecções por vírus A ou E), o principal tratamento é repouso e hidratação intensa, já que os quadros tendem a melhorar sozinhos – em situações mais graves, é necessário realizar um tratamento no hospital. Quando falamos de pacientes com sintomas crônicos, existem diferentes tipos de medicamento, além de cirurgias e procedimentos médicos.
Existem diversas formas de prevenir a hepatite ou diminuir o risco de contágio (tudo sempre dependendo do tipo da doença). No momento, a melhor prevenção contra a Hepatite A e B é tomando vacina. Higienizar muito bem alimentos e tomar cuidado com a água consumida pode prevenir os tipos A e E. Quadros de hepatite alcoólica podem ser prevenidos diminuindo o consumo de álcool.
Consuloria: Dra. Aline Scarabelli, infectologista e consultora médica do Labi Exames; dr. Paulo Telles, pediatra e neonatologista pela Sociedade Brasileira de Pediatria, pai de Leonardo e Carolina.
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