Publicado em 29/01/2016, às 16h23 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
O vídeo de um casal de gêmeos se encontrandoapós o menino ficar internado seis dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital de Guarantã do Norte, no Mato Grosso, ficou famoso na internet, porque mostra o quanto Vicenzo e Mariah ficaram felizes ao se reencontrarem. As imagens só reforçam a ideia de que irmãos gêmeos têm uma ligação diferente da que outras pessoas possuem entre si.
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Mas é verdade que gêmeos têm essa ligação mais forte? Daniela Teodoro, mãe de Giovanna, de 9 anos, e das gêmeas univitelinas Olívia e Helena, de 3 anos, acredita que sim.
“Quando uma [das gêmeas] fica doente, a outra também fica. Quando uma chora, a outra fica sensível também. Se uma acorda, a outra também acorda”, contou Daniela. Ela disse que as duas sempre foram unidas desde o nascimento e que a ligação delas é diferente da que possuem com Giovanna. “A Olívia e a Helena defendem uma a outra também”.
A mãe falou que, quando as gêmeas tinham 2 anos, foram tomar vacina. Uma delas queria bater na enfermeira que estava aplicando a imunização na irmã, porque esta estava sentindo dor. Daniela ri ao lembrar dessa história e acrescentou que as duas dormem fazendo carinho uma na outra. “Quando eu as amamentava, elas ficavam de mãos dadas também”.
Mesmo com as histórias, o médico pediatra Nelson Douglas Ejzenbaum, pai de Ariel, Patrick e Alicia, disse não haver uma explicação biológica que comprove essa ligação mais forte entre gêmeos.
O que pediatra acredita é que gêmeos desenvolvem uma linguagem própria, devido à convivência dentro e fora da barriga da mãe. “O que há é a ligação emocional, mas ela pode ser desenvolvida com outros irmãos também. Depende da boa convivência”, informou Nelson.
Mas existe uma diferença que os bebês gêmeos carregam. Ao nascer, o gêmeo têm uma percepção mais apurada de que existem outras pessoas no mundo além dele, de acordo com o pediatra, já que a criança dividiu um útero: “Normalmente, as crianças só vão perceber que o outro existe a partir dos 2 anos e gêmeos têm essa percepção um pouco antes”.
A psicóloga e coordenadora do CRIA (Centro de Referência da Infância e Adolescência) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Vera Zimmermann, mãe de Henrique e Ana, também acredita que uma ligação forte se desenvolve se crianças convivem no mesmo ambiente e com as mesmas pessoas. No caso de gêmeos, eles desenvolveram essa convivência desde a barriga da mãe, por isso, estão ligados mais fortemente. “Hoje a gente sabe que bebês que dividem o mesmo útero se tocam e que a vida intrauterina é constituinte do psiquismo, que a gente leva experiências de dentro da barriga da mãe para a vida”, afirmou.
O ambiente é sempre influenciador, segundo a psicóloga, e isso se comprova nos berçários: quando uma criança chora, a outra também faz isso. “Essa percepção mais apurada é do bebê, independente da genética”, explicou Vera.
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