Publicado em 18/06/2020, às 12h36 - Atualizado às 16h57 por Helena Leite
A saúde emocional durante a pandemia de coronavírus está sendo muito debatida e é, de fato, algo a se prestar atenção. Apesar de muitas vezes parecerem menos preocupadas que os adultos, o emocional das crianças também deve ser avaliado.
“As crianças podem apresentar reações emocionais e comportamentais diante de tantas mudanças que aconteceram em tão pouco tempo. Elas podem ficar mais irritadas, inquietas, entediadas, ter alterações do sono e do apetite e demonstrar sinais de medo e insegurança”, pontuou o psiquiatra Vicente Ramatis, da Unimed Vitória, à Folha Vitória.
O médico também ressaltou que é normal que os pais não consigam dar tanta atenção aos sentimentos dos filhos, uma vez que eles também estão passando por uma carga emocional muito alta, se sentindo mais estressados, ansiosos e sobrecarregados. “A família inteira está sob pressão por conta das dificuldades do cenário atual. Por isso, a rede de apoio das crianças acaba ficando fragilizada”.
Como consequência desse cenário de estresse atípico, alguns pais acabam sendo mais rigorosos ou até mesmo agressivos com as crianças. É aí que entra a importância do diálogo. “Quanto mais conversarem com os filhos e criarem momentos de interação, mais será preservada a saúde mental de todos”, aconselhou.
Ele também ressaltou a importância de deixar a criança se expressar e, mais do que isso, ouvi-la e se atentar aos sentimentos e emoções dela. O médico comentou que esse é um excelente momento para exercitar a empatia e tentar entender as reações da criança.
O profissional relembrou que, muitas vezes, a criança não consegue entender porque o pai/mãe está em casa e não pode dar atenção a ele, precisando de ficar em silêncio, na frente de um computador “As crianças não entendem que os pais estão trabalhando e não podem dar atenção, mesmo estando em casa. Isso acaba gerando estresse e tristeza para todos da família”.
Para conseguir diminuir todos os problemas e atritos causado pela pandemia, o profissional reafirmou a importância de estabelecer rotinas, tanto para o estudo como brincadeiras, alimentação ou horas de sono. Um estudo recente feito pelo comitê científico do NCPI (Núcleo Ciência Pela Infância) apontou as mesmas necessidades.
Segundo o documento divulgado pelo núcleo, “Estabelecer horários e manter rotinas no ambiente doméstico dão segurança à criança”. Para que você consiga fazer isso, o comitê sugeriu atividades como: desenhar, ler e contar histórias, montar quebra-cabeças ou outro jogos e auxiliar nas tarefas de casa e no preparo dos alimentos.
“Busque um equilíbrio no dia a dia, mas entenda que nem sempre os dias serão como foi planejado. A criança não tem maturidade para lidar com o isolamento social. É fundamental ter paciência”, finaliza Vicente Ramatis.
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