Criança

Escola ensina inglês para crianças com protagonistas negros

Para que a educação ajude no combate ao racismo, é preciso mais pessoas negras no corpo docente, bem como no currículo pedagógico - iStock
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Publicado em 17/06/2020, às 10h24 - Atualizado às 11h19 por Camila Montino, filha de Erinaide e José


Para que a educação ajude no combate ao racismo, é preciso mais pessoas negras no corpo docente, bem como no currículo pedagógico (Foto: iStock)

De acordo com especialistas, para que a educação ajude no combate ao racismo, é preciso mais pessoas negras no corpo docente, bem como no currículo pedagógico. Pensando nessas ausências, uma escola fundada em São Paulo há doze anos ensina inglês a partir da história de personalidades negras e com diferentes sotaques e influências culturais.

Nascida em 2008, a escola de inglês com base em São Paulo viu procura aumentar 15% (Foto: Reprodução / Pinterest Uol)

Grandes redes de ensino costumam abordar o inglês britânico ou norte-americano, mesmo com falantes também em países majoritariamente negros, da África à América Latina. A Ebony English School foi criada em 2008 para suprir essa lacuna, e tem visto as matrículas aumentarem recentemente, em meio à pandemia de covid-19 e com aulas online. “Falamos sobre história, iniciando na diáspora, quando os negros foram retirados da África e trazidos para o continente americano. Explicamos como isso aconteceu em cada país e ensinamos sobre seus pilares específicos: os quilombos (Brasil), Maroons (Jamaica), palenques (Colômbia), Malês (Bahia)”, explica Rodrigo Faustino, fundador e vice-presidente da escola, para a UOL.

O material didático é construído a partir dessa diretriz, e há uma aula para estimular o inglês com a pronunciação de cada país estudado. “O idioma nos permite trocar, por exemplo, com diversas etnias em países africanos — Banto (África Subsaariana), Axante (Gana), Iorubá (Nigéria). E entender que, quando falamos de população africana, não estamos falando de uma coisa só, mas sim de um mosaico de etnias e pessoas. Grande parte desses povos falam inglês e esse é o ponto de conexão. A partir do idioma, o aluno começa a aprender a história, os costumes e as culturas dessas pessoas”, afirma Rodrigo.


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