Publicado em 05/03/2022, às 07h56 - Atualizado às 08h01 por Redação Pais&Filhos
Empatiamove o mundo! Crianças de 6 a 10 de idade escreveram 250 cartas com mensagens de esperança, amor e companheirismo para outras crianças na Ucrânia.
As correspondências foram enviadas pelos correios de São José dos Campos para a embaixada ucraniana no Brasil, em Brasília, na sexta-feira, dia 4 de fevereiro. As 250 autoras das cartas, são crianças atendidas pela Fundação Hélio Augusto de Souza (Fundhas), ligada à Prefeitura de São José dos Campos.
A ideia surgiu na própria instituição e logo recebeu apoio do corpo técnico e orientadores pedagógicos. Muitas com mensagens em desenhos e até na língua ucraniana, foram escritas por crianças que se solidarizaram com a causa e quiseram trazer um pouco de alegria para outras crianças em meio a guerra.
Com toda essa situação da guerra que acontece na Europa entre Rússia e Ucrânia, é natural que seu filho escute algo sobre o conflito – seja no rádio do carro indo para escola, na televisão, na internet, ou até mesmo entre amigos e familiares. Um assunto como esses nunca é fácil de ser abordado e, assim como nós, é esperado que as crianças tenham muitas dúvidas sobre o tema.
Se seu filho chegar em casa perguntando sobre a guerra, a primeira dica é não se desesperar para falar sobre o assunto com ele.
Para te ajudar com esse papo, conversamos com a Vanessa Abdo, embaixadora da Pais&Filhos, doutora em psicologia e CEO do Mamis na Madrugada, mãe de Laura e Rafael, que mostra caminhos para responder às dúvidas do seu filho.
Segundo Vanessa, o primeiro passo é pensar na idade da criança: como tudo, a abordagem do assunto com crianças pequenas é diferente daquele com as mais velhas, que obviamente já podem entender mais do que está acontecendo. “Além da idade, é preciso olhar também para a maturidade com que a criança lida com esse tipo de assunto: morte, tragédia, qualquer coisa triste. Porque essa geração foi expostas a temas como esses de forma muito profunda e dramática, por conta da pandemia. Então é uma geração de crianças que já são assustadas, que foram expostas de maneira muito mais contundente do que a geração dos pais e dos avós”, ressalta.
Para a psicóloga, outro ponto importante a se avaliar caso o tema surgir é olhar um pouco para si mesmo e entender quais são seus sentimentos frente a tudo que está acontecendo. “A gente precisa saber como a gente está lidando com essas emoções, quem somos nós. Nós somos os desesperados? Os alienados? Como que nós próprios estamos lidando com esse monte de assunto pesado ao nosso entorno? Isso vai influenciar bastante em como as crianças vão lidar”, aponta.
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