Publicado em 01/12/2019, às 06h03 - Atualizado às 06h05 por Redação Pais&Filhos
Roberta e Taís Bento, mãe e filha, nossas colunistas e embaixadoras, especialistas em educação e fundadoras do SOS Educação, entraram no assunto de criança tem que ser criança:
Há sim uma receita capaz de garantir uma infância mais feliz e um futuro de sucesso. É uma fórmula que embora seja simples, está desaparecendo da vida de nossas crianças. Mesmo que seu filho ainda seja muito pequeno, a rotina diária envolve horários, agenda de compromissos, deveres, métricas, avaliações e metas a serem alcançadas. E acaba sobrando pouquíssimo tempo para a brincadeira.
Sabe aquela brincadeira sem regras, sem um adulto dizendo qual o próximo passo, qual objeto usar, qual música cantar? Quase não existe mais no dia a dia das crianças. Os pais, estressados com inúmeras cobranças, comparações, previsões enigmáticas e tensas sobre o futuro, mais as notícias de tragédias todos os dias, tornam-se super protetores.
E assim vamos oscilando entre dois extremos: ou sem tempo algum para brincar com os filhos, ou achando que a criança só brinca se um adulto guiar a brincadeira. Um esforço tremendo para dar o melhor para um filho que, apesar disso, cresce cada vez mais isolado, com menor habilidade para conviver com outras crianças e constantemente insatisfeito. Precisamos colocar o equilíbrio nesse caos. Você não deve estar disponível o tempo todo para brincar – e isso é bom! Para você e seu filho.
E a receita é a mais simples possível: incentive seu filho a brincar. Brinque junto com ele, mas não o tempo todo, nem você e nem outro adulto devem estar o tempo todo disponível para brincar. Abra seu apartamento. Faça amizade no prédio, na escola, na praça da esquina e deixe seu filho brincar livremente com outras crianças. Se forem crianças ainda pequenas, um adulto por perto ou mais adultos conversando e se divertindo ao lado é o ideal, mas não interfira na brincadeira. Crianças maiores podem e devem brincar sozinhas.
Além disso, seu filho precisa inventar brincadeiras para o tempo que passa dentro de casa, sem companhia de outras crianças. Quando são responsáveis pela própria diversão, as crianças constroem a base para a saúde mental e controle emocional que terão no futuro. Sem oportunidades para essa construção, tornam-se jovens ou adultos frágeis, inseguros, que esperam sempre o aparecimento de alguém para ser o salvador da pátria.
Sentem-se traídos pelo mundo, que parece cruel demais, e injustiçados pela vida que não reflete a infância terceirizada que viveram. Não existe uma só contraindicação para o brincar. Que tal aproveitar o mês de outubro para estabelecer uma nova rotina, na qual a brincadeira seja não somente um presente, mas para sempre presente na rotina da sua casa?!
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