Publicado em 26/11/2019, às 16h06 por Bianca Sollero
Tenho recebido muitos convites para falar sobre “Educação Inovadora”. Inovação é exigência deste século e a Educação (com tantas práticas presas ainda em 1800) não escapa dessa. Por isso, o tema da criatividade está em alta. Como educadora criativa eu deveria estar achando o máximo, mas confesso: receio que ele seja reduzido a uma prática de modinha e perca sua real essência – que, afinal, é o que diferencia nossa espécie humana dos outros animais.
Meu trabalho com Educação Criativa foca numa inovação mais profunda, por se tratar de uma transformação mental e cultural, não só prática ou metodológica. A prática é, sim, o que conseguimos ver. Mas como disse, ela corre o risco de se tornar obsoleta se não vier imbuída de uma transformação cultural. Digo isso para embasar o real conceito de Educação Inovadora e destacá-lo para que não seja confundido com uma tendência passageira. A verdadeira inovação em educação veio para ficar. Ela fala de relações mais humanas entre professor e aluno. Das possibilidades e oportunidades de a criança experimentar o ambiente com respeito ao seu tempo e ao seu jeito de ser. Das formas respeitosas de aprender a conviver. Acima de tudo, evidencia a formação integral da pessoa (o que desde 1996 consta na nossa LDB mas que poucas escolas são atentas de fato).
Inovar em educação não é só investir em laboratórios maker ou metodologias carimbadas por grandes marcas (embora isso tenha também grande valor). O que quero ressaltar é que, embora a educação precise, sim, de investimentos mais dignos, a inovação não está restrita ao poder econômico da instituição ou das famílias-clientes. Ela está primordialmente vinculada aos princípios e valores defendidos e praticados pela escola.
A Escola Hub, em Juiz de Fora (MG), é uma escola inovadora que não se resume à estética moderna. Recentemente eu conheci a metodologia e o próprio fundador, Thiago Almeida, e pude compreender que a proposta ultrapassa a prática (laboratórios e espaços de convivência modernos) e está fortalecida pela transformação cultural. Indicadores disso são a capacitação intensiva de seus docentes, que começa 8 meses antes de o professor entrar em sala, além da relevância real do protagonismo do aluno e dos programas de conexão com as famílias.
Quando ressalto o cuidado na classificação de uma escola inovadora apenas pela sua apresentação estética, gosto de oferecer como exemplo o Colégio Magnum Agostiniano, em Belo Horizonte (MG). Ele é um exemplo de escola que vivencia uma inovação cultural há alguns anos já, mesmo mantendo uma formatação mais próxima do tradicional. O Programa Habilidades para a Vida – para o qual colaborei em 2015 – é exemplo prático de uma instituição que se preocupa com a formação integral e que o faz por propósito, para além das mais novas exigências da Base Nacional Comum Curricular.
Entre estes dois modelos diferentes de escolas que considero essencialmente inovadoras, cabe a apresentação de uma terceira, a uP School, em São Paulo (SP) que embora esteja mais focada na educação infantil e fundamental 1, destaca-se por conseguir aplicar metodologias ativas em sua essência, oportunizando práticas de aprendizado não-seriadas, e por valorizar os registros (geralmente em vídeos) como ferramenta diferenciada de melhoria das práticas e capacitação docente.
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